quinta-feira, 13 de outubro de 2016

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Livro: A Luz Miserável (Projecto Halloween)


 
Ano de Edição: 2010
Género: Fantasia, Mistério, Terror
Autor: David Soares
Editora: Saída de Emergência



* Por Mariana Oliveira *


Há alguns anos tivemos o prazer de publicar aqui no blogue uma entrevista feita ao autor David Soares. Nesse mesmo ano, comprei um livro seu pois fiquei curiosa com a postura directa do escritor. Contudo, só este ano é que me estreei a ler uma das suas obras e, para isso, escolhi um livro que já há algum tempo andava a "namorar" - A Luz Miserável.


Sinopse:
"O horror está de volta.Nestas três histórias, David Soares (O Evangelho do Enforcado, Lisboa Triunfante, A Conspiração dos Antepassados) apresenta imagens de luz e trevas que não deixarão ninguém indiferente. Do ambiente exótico de A Sombra Sem Ninguém, passando pelos interiores claustrofóbicos de A Luz Miserável, até à extravagância macabra de Rei Assobio, prepare-se para conhecer personagens inesquecíveis, como um homem "quase" invisível, três soldados amaldiçoados e um velhote mutilado e vingativo. Do suspense ao splatterpunk, A Luz Miserável é um livro de contos provocadores, diabólicos e literários. Uma viagem vertiginosa ao lado negríssimo da imaginação."


Opinião:
Este pequeno livro é composto por três contos mas, a meu ver, divide-se em duas partes.
Na primeira parte encontramos o conto "Na Sombra de Ninguém", uma história que defino como sendo de fantasia. Nela acompanhamos uma jovem elementarista que se cruza por acaso com um homem quase invisível. Juntos, vão tentar recuperar a forma do segundo que, vítima da sua própria ambição, sofre há muito tempo por não ter um corpo visível. 
Para mim, este conto foi uma espécie de "aquecimento" para aquilo que o livro traria no que ao terror diz respeito. Assim, sem ser assustador, "Na Sombra de Ninguém" consegue criar o ambiente de irrealismo necessário para prosseguirmos para aquela que denomino como segunda parte da obra.

Os contos "A Luz Miserável" e "Rei Assobio" apanharam-me de surpresa. Depois de o livro ter começado de uma forma mais leve e até algo divertida eis que David Soares se serve de uma espécie de veia de Quentin Tarantino para me chocar nestas duas histórias. A forma gráfica como são descritos certos acontecimentos obrigaram-me literalmente a interromper a leitura para recuperar o fôlego.
Numa abordagem mais sombria, David Soares transporta-nos até ao mundo dos mitos, das criaturas aterrorizantes e das situações absolutamente desesperantes. Com estas duas histórias dei por mim a viajar até noites escuras, repletas de sons misteriosos e dor, muita dor...
Posso dizer que o David Soares não me desiludiu: com o meu Projecto de Halloween procuro obras assustadoras e esta sem dúvida que se enquadra na perfeição nessa categoria!

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