terça-feira, 30 de junho de 2015

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Canal FLAMES: Diario de Leitura


Vejam do que trata a nova rubrica do canal. 

segunda-feira, 29 de junho de 2015

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Filme: Horns (2013)





 Ficha Técnica 

Título original: Horns
Duração: 120 minutos
Pais: USA | Canada
Lingua: Ingles
Elenco:
Daniel Radcliffe - Ig Perrish
Juno Temple - Merrin Williams
Kelli Garner - Glenna
James Remar - Derrick Perrish
Max Minghella - Lee Tourneau
Michael Adamthwaite - Eric Hannity
Desiree Zurowski - reporter
Meredith McGeachie - Mary
John Stewart - Diner Manager
Laine MacNeil - Young Glenna
Dylan Schmid - Lee com 13
Sabrina Carpenter - Young Merrin
Alex Zahara - Dr. Renald
Kendra Anderson - Delilah


Opiniao
Horns tinha tudo para que fosse um filme que eu iria odiar:
- cenas de sexo descabidas;
- fantasia;
- previsibilidade de algumas cenas (em especial o final que antevi quase logo).

No entanto, adorei-o, e consider-o dos melhores filmes que vi nos ultimos tempos.

Em Horns (traduzido em Portugal por Cornos), seguimos a história de Ig, um rapaz cuja namorada é assassinada e que todos acreditam ser ele o culpado. A verdade é que nem ele se lembra de tal facto. No entanto o inesperado acontece quando nascem a Ig um verdadeiro par de Cornos (Horns) de carneiro, sendo que assim que as pessoas os vêm acabam por contar alguns dos seus desejos mais íntimos. Conseguirá assim descobrir Ig o que aconteceu, aproveitando esta sua vantagem?

O que fez com que gostasse deste filme? Em primeiro lugar, apesar do final que achei previsível, acho que o enredo está deveras original. Depois temos as interpretações dos actores. Daniel Radcliffe conseguiu distanciar-se da imagem que foi construindo como Harry Potter, e tornou-se num actor maduro e com a capacidade de se transformar no jovem conturbado de apresenta no filme. Mas todas as personagens (ou melhor, os actors) estiveram bastante bem, especialmente os mais novos. O filme também tem alguma ironia e bastante humor. Algumas cenas conseguiram soltar-me autenticas gargalhadas.

Enfim, um filme que tinha tudo para que eu o odiasse, mas que se revelou num dos melhores filmes de sempre!
Sem duvida que o aconselho.
Roberta Frontini

domingo, 28 de junho de 2015

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Entretenimento: Primeiras Impressões sobre o novo álbum do Zedd.


Ouvi falar no Zedd pela primeira vez há dois anos quando andei, literalmente, obcecada com a música "Gravity". Mais ou menos na mesma altura fiquei a conhecer outra das suas pérolas, a música "Stay The Night" com a participação de uma cantora cuja voz amo: Hayley Williams, a vocalista dos Paramore para os mais distraídos ;)

A tenra idade deste produtor musical não deixou de surpreender-me e o seu mais recente álbum, "True Colors", apenas confirmou as minhas suspeitas: o Zedd tem um talento nato para criar músicas absolutamente viciantes!


Antes de falar nas músicas propriamente ditas, tenho de referir a componente estética do álbum que está simplesmente fantástica! Se na capa temos uma árvore colorida e majestosa, imaginem o impacto inicial que abrir este álbum teve em mim quando reparei que o CD representa um tronco de árvore cortado... Genial!

Agora em relação às músicas confesso que não fiquei surpreendida com o álbum porque do Zedd já só espero qualidade. Não costumo ouvir este género musical, mas este jovem artista consegue, de alguma forma, criar batidas tão viciantes juntamente com letras que fluem de uma forma tão intensa que dei por mim a ouvir o disco várias vezes.

Como é claro, para não variar, tenho as minha faixas favoritas. De quais falo? Dos temas "Beautiful Now" e "Transmission" que já ouvi vezes sem conta. Contudo, há um tema especial: o "Daisy" que, não sei ainda bem porquê, tem um refrão que me faz lembrar um qualquer tema de abertura de um anime. Sou apaixonada por bandas sonoras de animes por isso senti uma tremenda empatia por esta música e acabou por ser a minha favorita de todas!


Tal como faço com alguns dos livros que leio, gosto de adequar as músicas que ouço com a estação do ano. Por isso mesmo, o álbum "True Colors" não podia ter surgido em melhor altura pois encaixa que nem uma luva nestes dias quentes, repletos de sol!

As 3 palavras que, para mim, melhor descrevem este álbum são:

Viciante
Revigorante
Intenso


Por Mariana Oliveira

quinta-feira, 25 de junho de 2015

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Entretenimento: Geocaching




Já muitos terão certamente ouvido falar em Geocaching, mas provavelmente só uma minoria terá experimentado fazê-lo. 
A minha experiência nesta actividade ao ar livre é muito recente, terá uns dois meses no máximo, mas já me rendi a esta brilhante ideia!
Apesar de contar já com 15 anos de existência, o aumento de seguidores desta actividade em Portugal tem sofrido um aumento mais significativo nos últimos anos, provavelmente, fruto de um mais fácil acesso à Internet.

Quem nunca ouvi falar no Geocaching estará certamente a questionar-se: mas, afinal, do que está ela a falar?
É muito simples: o Geocaching consiste em esconder e/ou procurar caches (basicamente, são pequenos contentores) por todo o mundo. Como é que depois podemos encontrá-los? Com um simples GPS ou qualquer outro tipo de equipamento que nos permita ler coordenadas.
Em primeiro lugar, diferentes pessoas escondem várias caches nos locais à sua escolha (a única regra é terem cuidado em escondê-las bem não vá pessoas que passem lá por acaso depararem-se com a cache e dar-lhe sumiço!), depois colocam as suas coordenas e outras pistas que considerem importantes no site oficial e... começa a busca! A ideia é encontrarmos o máximo número possível de caches, assinarmos o nosso nome no livrinho deixado lá para o efeito, tirarmos um brinde e deixarmos lá outro em alguns casos, marcar no nosso perfil no site essa mesma cache e... siga para outra!

O que mais gosto no Geocaching não é o interessante desafio de descobrir o paradeiro das caches, mas sim o convívio que esta actividade origina quando feita em grupo e a oportunidade de ficar a conhecer sítios que, mesmo estando tão perto de minha casa, nunca tinha visitado. Depois de me iniciar no Geocaching fiquei a perceber a quantidade ENORME de caches que existem no nosso país e agora sempre que vou a algum sítio não consigo deixar de pensar nas caches que poderão estar a pouquíssimos metros de distância. De repente, qualquer rua ou esquina ganharam um significado especial!

Curiosos? Só tem que meter pés ao caminho, aproveitar este sol radiante e... partir à descoberta! Boas caches!

Por Mariana Oliveira

segunda-feira, 22 de junho de 2015

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Passatempo: 168º Passatempo do FLAMES


É com imenso prazer que levamos a cabo mais um passatempo com o gentil apoio da Guerra & Paz.
Desta vez, o prémio é a recentemente editada obra "A Máquina Não Gosta de Gatos" de Mário Santos:



Sinopse:
"O romance da ascensão e queda de um jovem informático, nascido numa geração pós 25 de Abril, Ricardo S. é um consultor que trabalha numa multinacional de tecnologias de informação. Insatisfeito com a vida profissional e pessoal, vê-se preso numa vida high-tech: viciado nas salas de chat e nas redes sociais, na droga, no consumismo desenfreado, nos speeddatings, no trabalho em excesso. Uma vida onde tudo é reciclável e efémero: os empregos, os casamentos, as rela­ções, as amizades, as ideologias, os cursos superiores e os bens materiais. Toma consciência de que não está a viver a sua própria vida. Está, sim, a viver uma vida ilusória, pensada e projectada por outros. Vai transformar-se num dissidente. Quer purificar-se de toda a contaminação cultural e tecnológica. Quer recuperar o tempo perdido e encontrar-se a si próprio. Mas ele sabe que a liberdade tem um preço. E o preço é sempre elevado."

Preencham o formulário abaixo apresentado, podem fazê-lo uma vez por dia, e... boa sorte!!

Notas: 
- O FLAMES não se responsabiliza por extravios ou qualquer dano que o prémio sofra durante a sua entrega. Esta será feita, gentilmente, pela Editora;
- Após o anúncio do vencedor, este tem 4 dias úteis para responder ao nosso e-mail enviando-nos os seus dados; findo esse prazo, na ausência de uma resposta, o FLAMES sorteará um novo vencedor.

TERMINADO

sábado, 20 de junho de 2015

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Canal FLAMES: #01VLOG - Agatha Christie Talk in Loughborought


1st VLOG ever made... 
1st video in English! 

 :) 

 Sorry for the mistakes.. hope to do better next time..

quinta-feira, 18 de junho de 2015

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Livro: No Teu Deserto



Ano de Edição: 2009
Género: Romance
Autor: Miguel Sousa Tavares


Depois de ouvir toda a gente falar no livro "Equador" durante tantos anos, lá me decidi a estrear-me com este autor com uma obra mais levezinha, que é como quem diz, com uma obra substancialmente mais curta. O livro foi-me recomendado por uma amiga e, basicamente, comecei a lê-lo sem saber nada sobre ele, nem sequer a sinopse que, pelo que parece, nem sequer existe!

Excerto:
"Há viagens sem regresso nem repetição. «Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.» «Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-te, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma.»


Opinião:
Eu queria ter gostado mais desta obra, a sério que sim. Contudo, senti que o Miguel Sousa Tavares decidiu escrever uma obra baseada numa história com praticamente nada para contar. Basicamente, resumiu-se a "aqui vamos nós no jipe no meio do deserto, agora parámos para dormir na tenda, agora estamos outra vez no jipe os dois sozinhos ora a falar ora calados e pensativos, chegámos a uma cidade, saímos da cidade e vamos no jipe sozinhos no deserto, parámos para descansar na tenda....". Parecia que a história estava no botão do repeat e nada de novo acontecia. É certo que o autor apresenta alguns parágrafos muito bem escritos, mas está sempre a falar do mesmo, usando palavras diferentes.

Cheguei ao fim sentindo que não me tinha sido contada uma história, antes que tinha ficado a saber, fruto da insistência do escritor, que os dois protagonistas gostavam muito um do outro mas nunca tiveram coragem para o confessar, nem mesmo durante uma cansativa e desafiante viagem pelo deserto do Sahara.
Aquilo que destaco positivamente na obra é o facto de o autor nos apresentar a narrativa sob o ponto de vista das duas personagens, assim ainda conseguiu quebrar um pouco a monotonia de "ouvir" a mesma pessoa sempre a pensar o mesmo.

Depois desta experiência, confesso que tão cedo não voltarei a pegar num livro do Miguel Sousa Tavares. Talvez a médio prazo lá decida aventurar-me com o "Equador" para perceber o que tantas pessoas viram neste escritor.

Por Mariana Oliveira

segunda-feira, 15 de junho de 2015

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Anime: Wolf Children (2012)





Ficha Técnica

Título original: Ookami kodomo no Ame to Yuki
Ano: 2012
Género: Animação, Drama, Família, Fantasia
Duração: 117 minutos
Site oficial japonêshttp://www.ookamikodomo.jp/index.html
Site oficial inglês: http://wolfchildrenmovie.com/



Trailer 





Opinião

Gosto bastante deste género de Animes. Fazem-me sempre passar um bom momento, tranquilo e descontraído. Apesar de ter uma carga dramática, senti-me muito bem a vê-lo. Pela permisa, pensei que não tinha nada a ver comigo. De facto fala-nos de um rapaz que é.. lobisomem, e que se apaixona por uma humana. Ambos têm dois filhos. No anime seguimos a luta que esta mulher terá de empreender para esconder ao mundo a verdade sobre os seus filhos para os proteger. 

No fundo, apesar de descontraído, tomou alguns rumos mais sérios e fez-me pensar em várias questões como a descriminação e as dificuldades impostas pela sociedade às mulheres. 

Em geral penso que é um anime que agradará a miúdos e graúdos, apesar de pessoalmente achar que algumas cenas possam não ser pouco adequadas para os mais novos. 

Sinto também que houve aqui alguma influência dos grande clássicos do fabuloso Hayao Miyazaki que não sei se foi propositado. Todo o estilo do Anime é bastante realista tirando, claro, a questão dos lobisomens. As cenas que retratam a natureza são reais mas fabulosas. Uma sensação de paz interior invadiu-me em algumas cenas. 

Aconselho claramente o visionamento deste anime que, apesar de não ser dos meus favoritos de sempre, transformou-se numa referência importante em termos de animes.

Roberta Frontini

quinta-feira, 11 de junho de 2015

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Livro: Memória de Tubarão




Título Original: The Raw Shark Texts
Ano de Edição: 2009
Género: Ficção Científica, Mistério
Autor: Steven Hall
Editora: Editorial Presença


Peguei neste livro sem saber nada sobre ele. Nunca tinha ouvido falar nele nem sequer no autor. Mal sabia eu que estava prestes a ler a história mais rocambolesta que estas mais de duas décadas de leitura alguma vez me proporcionaram.

Sinopse: 
"Um homem acorda num quarto desconhecido sem saber quem é. Depois encontra um documento, onde está um nome, uma fotografia. Uma carta ali deixada sugere-lhe que contacte uma psicóloga, que o ajudará a perceber a situação. A Dr.ª Randle informa-o então de que ele sofre de um choque traumático na sequência da morte da namorada ocorrida três anos antes, que se traduz por uma amnésia dissociativa, com surtos recorrentes em que perde cada vez mais memórias. Eric vai recebendo cartas do seu «eu» anterior até que um dia, diante do ecrã de televisão, é atacado por uma criatura poderosíssima que o arrasta para um tempestuoso mar negro... Memória de Tubarão é um livro cheio de surpresas, uma aventura delirantemente imaginativa, divertida e inteligente, tanto quanto um romance que reflecte sobre o amor e a perda, e a frágil construção da nossa identidade. Um thriller psicológico que tem sido considerado um grande feito literário, ao nível de Paul Auster ou Murakami, e comparável a filmes como Memento e The Matrix."
 
Opinião:
O que é que foi isto?! Em que estava Steven Hall a pensar quando decidiu escrever esta história? Nunca antes tinha lido nada tão fantasioso, estranho e absurdo... e simplesmente fantástico!
Não se deixem enganar pela sinopse pois a história tem muito mais camadas e contornos do que aqueles que a apresentação do livro deixa antever.
Basicamente, tudo começa com um grande mistério: um homem, Eric Sanderson, acorda num quarto sem qualquer memória. Completamente desorientado, encontra uma luz ao fundo do túnel quando começa a receber cartas que foram escritas por ele próprio antes da sua amnésia. Cada carta adiciona mais pistas a este gigantesco puzzle e, quando dá por isso, Eric está envolvido na luta da sua vida: uma luta contra um tubarão, que espreita em cada sombra para o devorar.
Estranho?! Esta história é completamente alucinante! O autor transporta-nos para um universo repleto de reviravoltas, ideias alucinantes e personagens caricatas. A acção é nota preponderante nesta obra mas as questões mais emotivas e profundas não são deixadas de lado. De facto, o autor consegue dar o devido destaque às lutas pessoais, ao sofrimento e conquistas do protagonista. Mesmo sendo uma história de ficção científica com muito mistério à mistura, não deixa de ser um drama que nos apresenta uma personagem quebrada, perdida e em busca do seu Eu.

Ainda agora, quando penso no que li, fico abismada com a capacidade de Steven Hall em criar um livro com conceitos tão complexos mas que se interligam tão bem de forma a criar uma história interessante e que, por certo, agradará aos leitores que apreciam este género literário.

Não posso, contudo, terminar sem destacar um aspecto fantástico neste livro: a sua componente visual. De facto, a obra não tem a mesma apresentação da maioria dos livros, pois o autor brinca com as palavras por forma a criar imagens e adiciona mesmo outras componentes visuais criando, assim, um livro mais interessante e que surpreende o seu leitor a cada página pois nunca sabemos o que iremos encontrar. 
Fiquem com alguns exemplos daquilo de que estou a falar:




























Por Mariana Oliveira

quarta-feira, 10 de junho de 2015

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Entretenimento: Novo CD de Florence and The Machine - Primeiras impressões




A banda Florence and The Machine sempre me deixou intrigada pois nunca consegui definir muito bem o seu som. Com este seu novo álbum, "How Big, How Blue How Beautiful", continuei na mesma! Contudo, lá por não conseguir colocar uma banda numa determinada categoria, tal não quer dizer que não consiga deixar-me levar pela sua música.



 Aquilo de que mais gosto nesta banda não são as letras intensas das suas músicas nem a perfeita componente instrumental que as acompanha, mas sim a voz da Florence. Há muitos artistas que, como ela, têm uma boa voz, atingem notas incríveis e nos surpreendem com a sua qualidade. Contudo, a voz desta vocalista tem algo de especial, místico até. É daquelas vozes que reconhecemos no primeiro segundo e que se demarcam de tudo aquilo que ouvimos por esse mundo fora.

Relativamente a este álbum em concreto, os meus temas preferidos foram o "What Kind of Man", que tem uma introdução que me fez lembrar a Imogen Heap, uma artista que sigo há vários anos e que simplesmente adoro. No entanto, quem ganha a medalha de ouro é o tema número 3, aquele que dá o nome ao álbum - "How Big, How Blue How Beautiful". Como adoro esta música! Depois de escutar todo o álbum fartei-me de repetir este tema uma e outra vez pois adoro tudo nele: a letra, a voz da Florence e a parte instrumental que nesta música é incrivelmente alegre e preenche uma parte significativa da faixa. Com este tema parece que estamos a assistir à parte final de um filme épico tal é a intensidade dos seus instrumentos. Simplesmente adorei-a.

Mas para perceberem melhor ao que me refiro deixo-vos com o vídeo feito pela banda para apresentar o seu álbum que tem o quê? A parte instrumental da minha música preferida!

 


Intenso e épico não?! Para mim é simplesmente de arrepiar.


As 3 palavras que encontro para descrever este álbum são:

Etéreo
Intenso
Envolvente


Por Mariana Oliveira
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Entretenimento: The Desired Effect - Brandon Flowers


Brandon Flowers é americano e, para quem não o conhece, fica aqui a nota que se trata de um dos membros da banda "The Killers".

Para ser franca, há músicas dele de que gosto particularmente, por isso mesmo foi com bastante curiosidade que inseri este CD no leitor e comecei a ouvir o seu CD. Depressa constatei que a qualidade que caracteriza o seu trabalho se manteve inalterável neste seu mais recente álbum. Uma das músicas até já consta da minha lista de músicas favoritas de sempre. 

Trata-se do segundo álbum que o cantor lança a solo e, a meu ver, espero mesmo que não se fique por aqui!

Gostaria ainda de referir que este álbum, mais uma vez, demonstra que os artistas cada vez mais têm vindo a trabalhar em conjunto uns com os outros, o que se nota depois na qualidade das músicas que apresentam. De facto, em "The Desired Effect", Brandon trabalhou com artistas como o guitarrista de David Bowie, o baterista dos The Killers, ou mesmo Angel Deradoorian dos Dirty Projectors. Posto isto, penso que é fácil anteverem a qualidade das músicas. 


As músicas seguem, claramente, um estilo POP/Rock bastante vincado, que penso que agradará a um grande conjunto de ouvintes. As frases são bastante "catchy", e com o tempo facilmente os sons nos entram no ouvido. 

Penso que não me engano ao achar que Brandon Flowers se sente mais confortável neste estilo mais POP, ou pelo menos assim o demonstra a cada faixa. Nem sempre é fácil que um cantor\autor se consiga estabelecer tão bem numa carreira a solo que ocorre concomitantemente à carreira num grupo de tanto sucesso. Ainda para mais, os estilos de ambos são bastante distintos, e no entanto ambos são de bastante qualidade no meio onde operam. 


Enfim, em 3 palavras, este é um álbum:

Empolgante
Jovial 
Catchy

segunda-feira, 8 de junho de 2015

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Livro + Série: Morte Súbita (J. K. Rowling) - SEM SPOILERS



Eu fui daquelas pessoas que cresceu com Harry Potter. Li todos os livros mais do que uma vez e li-os sempre que saíram. Posso dizer que Harry Potter mudou a minha vida enquanto pessoa e me moldou enquanto leitora. Assim sendo, quando soube que a autora se tinha aventurado num livro de adultos, soube de imediato que o quereria ler. Mas a leitura foi sendo adiada fruto das várias más opiniões que fui lento quer no goodreads quer em várias redes sociais.
Este não é um dos livros da minha vida. É sem dúvida um livro diferente que pode desiludir os fãs de Harry Potter, mas é uma obra muito bem construída com aspectos negativos e positivos bastante vincados. 
O que me fez querer ler o livro? A adaptação da BBC. Assim que foi anunciada peguei-me ao livro e foi por isso que decidi trazer-vos hoje a opinião deste livro, bem como a minha opinião sobre a pior adaptação que já vi feita pela BCC. 

A HISTÓRIA

Uma Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J. K. Rowling, a mundialmente famosa «mãe de Harry Potter». Acolhido com enorme expectativa, este surpreendente romance sobre uma pequena comunidade inglesa aparentemente tranquila, Pangford, começa quando Barry Fairbrother, o conselheiro paroquial, morre aos quarenta e poucos anos. A pequena cidade fica em estado de choque e aquele lugar vazio torna-se o catalisador da guerra mais complexa que alguma vez ali se viveu. No final, quem sairá vencedor desta luta travada com tanto ardor, duplicidade e revelações inesperadas?
Um livro a não perder.

O LIVRO

Título: Uma Morte Súbita
Autora: J. K. Rowling
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 496
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722349321

Aspectos positivos do livro: 

- A autora pega numa aldeia (inventada) e nas suas personagens para tecer uma critica à sociedade e aos valores que regem, hoje em dia, os seres humanos, e nesse aspecto esta obra é não só original como bastante inteligente. 

- Ao apresentar-nos diversas personagens, J. K. Rowling não destaca uma personagens principal. Em vez disso, todos são importantes e todos serão vistos, mais cedo ou mais tarde, com especial enfoque. Este aspecto mais positivo tem um lado também um pouco perverso que irei discutir mais à frente... 

- A autora faz um excelente trabalho ao analisar a crueza do quotidiano das pessoas. 

Aspectos negativos: 

- J. K. Rowling quis que este fosse um livro para adultos, e por isso apresenta-nos de forma algo forçada alguns temas como o sexo e a toxicodependência. Não é que eu ache mal este aspecto, mas penso que se nota que a autora foi um pouco forçada ao fazê-lo e deixou de lado o tom mais natural que utilizou aquando da escrita de Harry Potter. A linguagem por vezes é bastante crua e desnecessariamente forte. 

- O livro apresenta-nos tantas personagens que é fácil perder-mo-nos. Este é, a meu ver, um dos pontos fortes do livro (como disse em cima) mas também um ponto fraco. Ao apresentar tantas personagens, algumas com características similares, é fácil dispersar-mo-nos.

A MINI-SÉRIE







Formato: Mini-Série
Nº de episódios: 3
Duração: 180 minutos
Emissora: BBC

Quem segue o blogue já deve ter reparado que eu sou uma grande fã das mini-séries da BBC. Infelizmente este trabalho foi o pior que já vi feito por eles. Eu sou a favor de que os filmes e séries são "adaptações" e não meras cópias... mas neste caso a BBC parece que pegou na ideia da J.K. Rowling para criar uma série, e não para adaptar o seu livro. 

Assim a BBC achou-se no direito de retirar personagens essenciais, alterar cenas e diálogos, modificar tramas, finais, enfim... fiquei mesmo bastante desiludida. As descrições das personagens foram bastante alteradas assim como o propósito do aparecimento de algumas. 

Foi, realmente, uma grande desilusão. Gosto de ler um filme e depois quando vou ver a adaptação penso: como será que a personagem X vai aparecer aqui? Como será caraterizada a personagem Y? Aqui não valeu a pena pensar nisso, pois tudo estava diferente. 

A questão controversa que motivou todo o livro na série foi alterada.. e logo isso faz com que as dinâmicas entre as personagens se alterem. 
As próprias ligações entre as personagens são alteradas. Há personagens ligadas por vínculos de sangue na série que simplesmente não existem no livro, e filhos que existiam no livro que, simplesmente, desaparecem. Para não falar em algumas personagens importantes que também não existem na série. 
Uma das personagens apresenta uma psicopatologia no livro, e uma totalmente diversa na série. 
O final da série também é bastante diferente.. uma pena.

Opinião em Video:

quinta-feira, 4 de junho de 2015

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Livro: A Rapariga no Comboio


Livro disponível em Portugal a partir de 8 de Junho



 Título Original: The Girl on the Train
Ano de Edição: 2015
Género: Mistério, Drama
Autora: Paula Hawkins
Editora: Topseller


Ouvi falar deste livro pela primeira vez através de alguns vídeos no Youtube. O burburinho à volta dele despertou a minha curiosidade e foi com alegria que soube que teria a oportunidade de deitar mãos a esta obra para, como vim a descobrir, devorá-la!


Sinopse:
"O êxito de vendas mais rápido de sempre. O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros. Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente. Até que um dia... Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos. De leitura compulsiva, este é o thriller do momento, absorvente, perturbador e arrepiante."


Opinião:
As expectativas iniciais eram bastante elevadas, o que por vezes pode resultar em desapontamento. Contudo, este livro conseguiu fazer algo que já não me acontecia há muito tempo: manteve-me acordada até madrugada, incapaz de ir dormir sem saber como terminaria a história.

Basicamente, toda a história se foca num crime que aconteceu e na procura da identidade do criminoso. É engraçado pois inicialmente fiquei com uma personagem na mira como a provável responsável pelo sucedido e acabei mesmo por acertar! No entanto, ao invés de isso servir para me desmotivar, teve o efeito contrário pois, ao longo da minha leitura, fui sendo confrontada com provas que apontavam para outros cenários e isso obrigou-me a pensar, a comparar dados qual verdadeira detective!

Mais do que a história em si, para mim "A Rapariga no Comboio" ganha pela capacidade da autora de, com uma simples frase, virar completamente a linha de pensamento do leitor. Não foram poucas as vezes em que terminei um capítulo com um verdadeiro arrepio na espinha. É incrível como meia dúzia de palavras me deixavam tão surpresa. 
Outro aspecto que destaco na obra é a perspectiva da personagem principal. Narrada sob 3 pontos de vista, grande parte da história é contada pela voz de Rachel, uma alcoólica. Este foi um detalhe completamente novo para mim pois nunca tinha tido a oportunidade de viver algo pelos olhos de alguém que luta contra a tentação de se perder por completo nos prazeres do álcool. E, como podem imaginar, investigar um crime quando se passa metade do tempo sob o efeito de várias bebidas não pode ser de grande ajuda, daí a trama ganhar contornos mais misteriosos e complexos já que Rachel tem perdas de memória e tem de fazer um esforço extra para reunir as várias pistas.

Relativamente às personagens, estas são, na sua maioria, pessoas com um passado difícil e sofredor que, por isso mesmo, dão um tom mais sombrio à história e criam um ambiente sufocante e de uma urgência latente. Senti-me inquieta por várias vezes, como se estivesse a penetrar num universo completamente diferente do habitual, quase como se estivesse a assistir a um filme de cinema independente que marca pela sua originalidade.

Não poderia terminar sem fazer menção da escrita de Paula Hawkins: muito fluída e clara sem se demorar com detalhes desnecessários. Basicamente, a autora vai directa ao assunto proporcionando-nos, assim, uma leitura rápida e compulsiva. Tão compulsiva ao ponto de, tal como disse inicialmente, eu ter aguentado um dia cheia de sono por não ter conseguido pousar o livro antes de terminá-lo na noite anterior.
Uma obra que recomendo a qualquer fã de livros de mistério com um drama intenso à mistura!

Por Mariana Oliveira

segunda-feira, 1 de junho de 2015

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Eventos: Loughborough Literary Salon 2015: The return of books and paper



Livros, livros e eventos sobre livros... 
Foi das primeiras coisas que procurei assim que me mudei para aqui. 

E assim fui ter aos Lougborough Literary Salon 2015, um evento que decorre uma vez por ano. 

O evento contava com a participacao de alguns oradores, artistas que vendiam os seus trabalhos, e muita comida gratis :p


A primeira oradora foi Takako Kato que falou sobre a forma e dimensoes dos livros na altura medieval, bem como a forma como eram reproduzidos. Foi a comunicacao que achei mais interessante. 


Depois passou-se para a epoca Vitoriana... Ainda bem que nao nasci nessa altura.. o preco dos livros era absurdo!





Wim Van Mierlo falou nos livros e nas diferencas entre livros e e-books. Defenedeu os livros apesar de ser uma pessoa que adora as novas tecnologias. Adorei os pontos de vista dele, e da proxima vez que discutir este assunto com alguem, tenho mais coisas a dizer e estudos cientificos que comprovam a minha ideia de que o papel e melhor :)

(PS o senhor nao parava quieto!!)


Por fim, alguns artistas apresentaram o seu trabalho, desde poemas feitos por pedacos de livros rasgados, a cadernos desenhados e personalizados a mao, a papel fabricado a mao. 









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