quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

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95ª Entrevista do FLAMES: Célia Correia Loureiro (escritora portuguesa)


Célia Correia Loureiro


Célia Correia Loureiro nasceu em Almada, em 1989. Licenciou-se em Informação Turística pela Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, mas garante que a sua vocação é a escrita. Desde cedo começou a contar histórias através de ilustrações. Aos doze anos leu o seu primeiro romance e, desde aí, não parou de ler nem de escrever. Com algumas obras terminadas, apresenta-se aos leitores através da Alfarroba com "Demência" em Nov. de 2011 e, em Out. de 2012 lança, pela mesma chancela, "O Funeral da Nossa Mãe". Posteriormente, publica "A Filha do Barão" pela Marcador.

Filme preferido: E Tudo o Vento Levou
Livro preferido: E Tudo o Vento Levou
Anime preferido: Não tenho
Manga preferido: Dragon Ball
Evento/Espectáculo ou programa de Entretenimento preferido: Não tenho
Série preferida: Sex and the City

Nasce-se escritor ou aprende-se a ser escritor? 
Nasce-se escritor, sem dúvida. O que não significa que não se possa apenas descobrir isso bem mais tarde. Há quem “aprenda” a ser escritor, ou “se faça” escritor. Mas a distinção é clara entre uns e outros. 

Para ti ser escritora é, acima de tudo, satisfazer a tua ânsia em escrever ou proporcionar boas horas de leitura a quem compra as tuas obras? 
Para mim ser escritora é, sobretudo, procurar compreender-me melhor. Exorcizar a multitude de emoções e de personalidades que me compõe. É poder ser esquizofrénica sem que isso me cause mal. E, por felicidade, há quem encontre algo de bom na minha esquizofrenia. 

Qual foi o melhor elogio sobre o teu trabalho que recebeste até hoje?
Dizerem-me que sou humana nos meus livros é algo espectacular. Transpor humanidade para qualquer tipo de arte não é fácil. É fácil dissertarmos sobre amor e o tempo, ser-se doce ou amargo, mas não é fácil mostrarmos a complexidade, o sujo e o puro, que é ser-se humano, e ainda assim enojarmo-nos e comovermo-nos no mesmo parágrafo. Dizerem-me que o meu trabalho tem muito de humano é muito gratificante.

Olhando, em retrospectiva, para as obras que publicaste até agora, tendo essa oportunidade mudarias alguma coisa? 
Mudaria, sim. Nada será jamais perfeito, porque qualquer coisa que eu faça agora sairia sempre melhor se a fizesse daqui a uns anos. Pelo menos é o que sinto em relação aos livros que escrevi. Sobretudo em relação ao Demência, que é ainda muito carne da minha carne. Estou a reescrevê-lo aos poucos e tenciono tentar voltar a publicá-lo um dia. Falhei nalguma pesquisa e nalguma técnica. Agora conseguirei fazer melhor (nunca perfeito, contudo). Falta-lhe chegar a muita gente. 

Achas que ser uma escritora tão jovem em Portugal é uma vantagem ou mais uma desvantagem? 
Como disse em entrevista anterior ao Sol, a escrita não pode ser vista à luz da idade. Continuo a pensar assim. Cada vez mais ser-se jovem não é impeditivo de se escrever bem, e mesmo a sociedade já entendeu isso.

Como perspectivas o futuro da tua carreira?
Enquanto viver vou escrever, isso é certo. Se haverá quem queira ler-me ou quem queira publicar-me, isso já é outra coisa :)

Muito obrigada Célia pela simpatia!

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