terça-feira, 1 de abril de 2014

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36ª Entrevista: Carina Rosa (escritora portuguesa)



Carina Rosa
Página Facebook: https://www.facebook.com/Autora27?fref=ts
Blogue: http://carinarosaautora.blogspot.pt/
Página no Goodreads: https://www.goodreads.com/author/show/6878084.Carina_Rosa

Nascida a 10 de Abril de 1986 em Lisboa, Carina Rosa vive atualmente na cidade de Loulé (Algarve). Na Universidade do Algarve licenciou-se em Ciências da Comunicação e trabalhou em jornalismo de imprensa, numa rádio e numa televisão online. Em 2012 publicou «O Intruso», o seu primeiro romance. «As Gotas de um Beijo» é o seu segundo romance editado pela Alfarroba. Mas Carina Rosa não é apenas escritora. Aos 18 anos, integrou a Selecção Nacional de Trampolins e Desportos Acrobáticos, pelo Louletano Desportos Clube, participando em várias competições internacionais, e é hoje técnica de Ginástica Acrobática.

Qual é a sua nacionalidade: Portuguesa

O seu Filme favorito: Coisa complicada de se responder, gosto de muitos, mas vou destacar o «Titanic» e «O Diário da nossa paixão».
O seu Livro favorito: Mais complicado ainda :D Se tem de ser mesmo só um, vou nomear «O Grande amor da minha vida», de Paulinna Simons.
O seu Anime favorito: não tenho grande preferência nesse tipo de livros
O seu Manga favorito: Não tenho.
O seu programa de Entretenimento/Evento/Espetáculos favorito: So you think you can Dance
A sua Série de televisão favorita: Anatomia de Grey

O que é que os seus futuros leitores poderão encontrar no livro “O intruso”?
Muito mistério, romance e fantasmas. É uma história que envolve alguns temas do oculto, como a vida após a morte e a reencarnação e, apesar de considerar que, se o fizesse hoje, o faria muito melhor, é uma história que me fascina pelos temas que aborda e que me arrepiam, de uma forma negativa e positiva ao mesmo tempo. Tenho um estranho fascínio pelas coisas que me metem algum medo e que eu quero experimentar, ousar tocar na ferida e levar o leitor a fazer o mesmo. É uma história que fala de medos: o medo de enfrentar a solidão, a escuridão e aquilo que não vemos. O medo que todos temos de enfrentar o desconhecido, as sombras e os sons da noite que nos levam a acreditar nos nossos próprios demónios. Fala do pessimismo, que nos pode levar ao fundo do poço, e do optimismo, que nos pode salvar. A paz, a amizade e o amor chegam, na história, através da Juliana, uma amiga da Sara, do Martim, um novo amor na sua vida, e de Mike, o seu cão das horas boas e más e a sua companhia em muito tempo. Fala do amor que se pode transformar em ódio, da amizade e do amor eternos, que nos podem salvar da morte. Não é uma história leve. Muitos classificam-na como um thriller psicológico com uma nota sobrenatural. Concordo, de certo modo, por tocar em temas que não “existem” aos nossos olhos, no mundo terreno em que vivemos. Por outro lado, discordo, porque o facto de não vermos alguma coisa, não significa que ela não esteja lá. Falo de pessoas reais, com medos reais, e de crenças que todos temos no nosso interior. Deu-me um prazer enorme criar a Sara, a personagem principal, porque ela tem muito de mim, ao nível de medos, auto-estima e o seu constante agarrar da solidão. O Rodrigo é o vilão da história e um vilão dá-nos sempre prazer, pelo desafio que nos causa. Apesar de ser o meu primeiro livro e, claro, imperfeito, vou sempre guardá-lo no coração como algo especial.

E relativamente ao livro “As gotas de um beijo”, o que poderão esperar?
Penso que n’as Gotas de um Beijo, os leitores vão conhecer uma Carina diferente. Não tem mesmo nada a ver com o intruso e nisso, foi um desafio. Acho que me reinventei ao nível de estrutura, enredo e escrita. «As Gotas de um Beijo» é um romance contemporâneo com uma história simples, que retracta um triângulo amoroso entre um homem divorciado, a melhor amiga e uma jovem mulher que ele conhece na loja ao lado do stand de automóveis onde trabalha. De alguma forma, foi algo inesperado, até para mim, ver o David e a Diana envolvidos ao nível sentimental, mas quis retratar aqui a ténue linha entre a amizade e o amor, entre um homem e uma mulher, a linha que separa um sentimento do outro, aquilo que pode construir ou destruir. A Laura é, na minha opinião, a lufada de ar fresco, um novo recomeço para o David, depois de um casamento destruído e de memórias que envolverão sempre a Diana. No meio desta história simples, os personagens vêem-se envolvidos no tema da violência doméstica, que eu retratei de uma forma algo leve. É um romance romântico, cheio de afecto, de amizade, de amor e de cartas de amor, com personagens mais maduros do que aquilo a que estou habituada a escrever, entre os 35 e os 45 anos de idade. Não me tinha apercebido da minha veia romântica até o fazer, mas confesso que adorei escrevê-lo e acho que vai encher o coração dos mais românticos.

Hoje, é técnica de Ginástica Acrobática. Gostaria de escrever um livro com a ginástica como pano de fundo?
Uma pergunta interessante, que nunca antes me tinham perguntado. Gostava muito, mesmo. Não é algo que tenha pensado para breve, porque ainda não parei para pensar bem no assunto, mas adorava. Acho que estou a deixar a minha escrita crescer até pensar em fazê-lo, porque o mundo da ginástica é algo que conheço tão bem que essa história teria de ser algo sublime (é quase uma obrigação que o seja) e eu quero ser capaz de o fazer. Também já tinha pensado escrever algo sobre dança, algo que envolva as artes de que eu mais gosto. Sem dúvida que vou lutar por isso.

Para além dos géneros que tem editado também gosta de poesia e sabemos que um dos seus poemas integrou uma antologia da Chiado Editora que é bem conhecida “Entre o Sono e o Sonho”. Pensa um dia vir a escrever um livro apenas com este género literário?
Sinceramente, não. Não me cativa. Adoro poesia, mas no meio da prosa. “Abrandou o passo de corrida até parar por completo, escondendo-se na penumbra da noite com a respiração entrecortada de cansaço, uma réstia de fúria e um súbito pânico que ela lhe provocou. Também Mariana estava escondida na escuridão, mas ele sabia que se veriam, mesmo antes de se verem. Já se tocavam, sem se tocarem, e o seu olhar já se cruzava, mesmo sem se ter encontrado.” É apenas um dos exemplos em que uso um pouco de poesia nos meus textos, neste caso, n’o Escultor. Também adoro lê-la como elemento isolado, mas não escrevê-la. Não sei, nunca poderei dizer nunca, mas não está nos meus planos.

No seu blogue, por vezes, escreve opiniões sobre livros que lê. Como é ler, em blogues, opiniões relativamente aos seus livros?
Bem, no início foi estranho e arrepiante. Agora, já começo a habituar-me, mas os arrepios nunca passam. É muito bom lermos a opinião dos leitores em relação aos nossos livros. De algum modo, torna as coisas mais reais e importantes, não só para nós. É maravilhoso quando vemos que os leitores sentiram mesmo a história, que sorriram e choraram com ela. Acho que não posso pedir mais. Temos sempre medo que os leitores não gostem daquilo que escrevemos, mas isso faz parte da nossa exposição ao público. Temos de estar preparados. No geral, é imensamente positivo e eu sorrio sempre que alguém fala nos meus livros.

Os seus autores favoritos são também os que mais influenciam a sua escrita?
Sem dúvida alguma. E é muito importante que o escritor leia muito, autores diferentes, de modo a alargar a sua capacidade de linguagem, retirar os melhores pontos de cada um, aprender com eles e criar o seu próprio estilo. Ler autores distintos ajuda-me cada vez mais na minha escrita e permite-me ser melhor a cada dia, porque temos sempre a aprender.

Muito obrigada :)

Obrigada eu! :)

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6 comentários:

  1. Gostei da parte que forma FLAMES ehehehe muito inteligente! E a parte da Carina ler as opiniões sobre os seus livros e a parte da ginástica. Não me lembrei disso :o Muitos parabéns às duas ^^

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    Respostas
    1. Olá Catarina :) Essa parte inicial faz parte de todas as nossas entrevistas :)
      Mas a tua entrevista também estava super gira, especialmente a parte dos beta-reader!
      Beijinhos :)

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    2. *oopps* que gaffe >.<

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  2. Obrigada pela entrevista. Foi um prazer! :)

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  3. Não Catarina, não foi gaffe nenhuma :) não tem mal!

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