segunda-feira, 31 de março de 2014

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Deixava de dormir por...: Novidades editoriais de Março 2014


Março não desiludiu no que a novidades editoriais diz respeito. Foram tantas as obras novas a enfeitar as livrarias nos últimos 30 dias que o difícil mesmo foi apenas algumas para fazer parte da nossa lista.


Vamos então ver por causa de que obras é que nós deixaríamos de dormir:

  

Editorial Presença - Que esta é editora é conhecida pelas suas novidades constantes não é novidade nenhuma. Este mês, houve uma história misteriosa que nos chamou a atenção, a obra "Half Bad - Entre o Bem e o Mal" de Sally Green.

Sinopse: Na Inglaterra dos nossos dias, bruxos e humanos vivem aparentemente integrados. Na realidade, os bruxos têm a sua própria sociedade secreta, as suas regras e a sua guerra, que divide os Bruxos Brancos, considerados «bons», e os Bruxos Negros, odiados e perseguidos pelos Brancos. O herói, Nathan, é filho de uma Bruxa Branca e de um Bruxo Negro e, portanto, considerado perigoso. Nathan é constantemente vigiado pelo Conselho dos Bruxos Brancos desde que nasceu e aos 16 anos é encarcerado e treinado para matar. Mas Nathan sabe que tem de fugir antes de completar 17 anos e a sua determinação é inabalável.




Quinta Essência -   Sandra Brown já não é novidade para nós. Por isso mesmo,  o seu novo livro "Tornado" não podia passar despercebido.

 Sinopse: Bellamy Lyston tinha apenas doze anos quando a irmã mais velha, Susan, foi morta num dia de feriado tempestuoso em finais de Maio. Atualmente, dezoito anos mais tarde, Bellamy escreveu um livro de grande sucesso que se baseia no assassínio de Susan (...) Mas quando um repórter oportunista descobre que o livro é baseado em factos verídicos, a identidade de Bellamy é revelada a par do escândalo da família. Além disso, Bellamy torna-se alvo de alguém sem escrúpulos que, ou por querer que a verdade subjacente ao assassinato de Susan continue por desvendar ou, ainda mais ameaçador, por estar determinado a vingar-se por um homem acusado e condenado injustamente. Para poder identificar quem anda a assediá-la, Bellamy vê-se confrontada com os fantasmas do seu passado. Enquanto Bellamy aprofunda cada vez mais o mistério que envolve o assassínio de Susan, põe a descoberto elementos perturbadores do crime que colocam em questão o caráter daqueles que lhe são mais queridos (...) está determinada a não parar até descobrir quem assassinou Susan. Isto é, a menos que o assassino ataque primeiro...

 
 

 Chiado Editora - Sempre a dar cartas no que à edição de novos escritores portugueses diz respeito, a Chiado Editora publicou este mês a segunda obra da escritora Susana Esteves Nunes, "Caminho Traído".  
 
Sinopse: Habituada a uma vida árdua e com uma grande falência de amigos e família, Amélia tenta, uma vez mais, superar e seguir aquele que é o seu destino. Embora tivesse sido abandonada, quando ainda um bebé recém-nascido, não vive obstinada por explicações sobre os motivos do seu abandono. Depois de deixar o orfanato, onde cresceu e foi criada até a maioridade, tem como objetivo conseguir independência financeira, através de um trabalho digno. Será esse emprego a sua salvação ou o seu calvário? Quando por fim, os amigos e o amor brotam na sua vida, e quando, finalmente, parece ter encontrado o seu caminho, Amélia depara-se com mais contrariedades. Conhecer o preconceito social, a traição e um amor perdido, não será fácil para esta jovem. Será ela capaz de superar mais esta adversidade? Poderá um amor resistir a tantos obstáculos? Um romance repleto de adversidades e traições. Onde o amor é a peça fundamental para um enlace feliz, ou será?
 

 
Babel -  Nostálgicas incuráveis, não poderíamos deixar de reparar na reedição de 4 livros da conhecida coleção "O Clube das Chaves" das autoras Maria Teresa Maia Gonzalez e Maria do Rosário Pedreira.
 
 
Os títulos "O Clube das Chaves Cumpre a Missão", ""O Clube das Chaves E a Nova Ordem", "O Clube das Chaves Entre Barreiras" e "O Clube das Chaves Mergulha nos Oceanos" foram editados com novas capas e com revisão de textos.
 
 

 
Esfera dos Livros -  O conhecido ator Virgílio Castelo sabe encantar-nos com as suas palavras e já foi editado o seu mais recente livro "Despedida de Casado".


Sinopse: Morrer por amor. Numa fria madrugada, num ato de loucura, João e Beatriz decidem suicidar-se para eternizar o seu amor, tornando-o assim perfeito. Imortal. Na escuridão da planície alentejana entram nos seus carros e aceleram vertiginosamente um contra o outro. Mas João, no último momento, decide reescrever o seu destino. Para isso será necessário uma despedida. Do casamento, de Beatriz, de uma relação perigosa, baseada na obsessão e no ciúme descontrolado. Despedir-se sem olhar para trás e partir numa longa viagem em busca de si próprio, da sua essência e de uma nova forma de amar, até agora desconhecida. Um amor puro, sem sofrimento, nem ameaças, capaz, quem sabe, de o fazer verdadeiramente e apenas feliz. Até onde podemos ir quando nos apaixonamos? Ao longo destas páginas somos questionados e impelidos a descobrir diferentes formas de amar. Do amor obsessivo e doentio, capaz de nos arrastar para o lado mais obscuro e desconhecido do nosso ser, capaz de nos levar à loucura e até à morte, ao amor são, onde a entrega, a esperança e a paixão, dão novos significados à palavra amar.



Alphabetum -  Um livro com um título curioso escrito por um ilustre português desconhecido, por enquanto..."Artur a Duas Mãos e outros contos" de Paulo Pinto.

Sinopse: O conto «Artur a duas mãos» viu a luz do dia de forma inesperada. Nasceu de um só fôlego num, pelo menos agora considerado, feliz fim de tarde. Algo já latente algures e necessitando apenas que fosse aprisionado na matéria. Como quem se senta ao piano para executar um monótono e rotineiro exercício e acaba por descobrir inauditos acordes e retirar uma surpreendente harmonia desses elementos.O seu núcleo, ou por outra, a sua história, é bastante simples. Tudo se resolve e desenvolve por nuances, com declives suaves e delicados, numa atmosfera de alegre ironia.Os outros contos do livro remetem para existências e emoções humanas ainda muito ligadas à experiência africana do autor, nomeadamente em Moçambique.Neste livro, cada conto vale por si mesmo. E cada conto é como uma cereja. E já se sabe como é com as cerejas…



Alfarroba - Num país cada vez mais envelhecido, a obra "Nunca Serei Velho - Um elogio à velhice" de Ilídio Carreira com ilustrações de Suzana Nobre não podia ter sido editada em melhor hora.
 

 
 
Sinopse: Para ler de mãos dadas a duas gerações separadas por um comboio de anos mas tão próximas de vontades.
 
 
 







Bizâncio - Há histórias que nos inspiram, e o livro "A Vida é um Presente" de María de Villota parece ter todos os ingredientes para ser uma obra marcante.


Sinopse: María de Villota, ex-piloto de Fórmula 1, relata neste livro a volta que deu a sua vida depois do acidente que sofreu em Inglaterra, a 3 de Julho de 2012, numa sessão de treinos. Nesse trágico dia quase perderia a vida, ficando com graves sequelas. Em lugar de se entregar ao desânimo, a sua tenacidade e coragem foram mais poderosas. A Vida É Um Presente é um testemunho comovente, apaixonante e inspirador de uma mulher decidida a pilotar com mão firme o rumo da sua vida. Apesar desta recuperação espantosa, María de Villota morreria trágica e inesperadamente a 11 de Outubro de 2013, 15 meses depois do seu acidente, na sequência dos muitos traumas sofridos na altura; a dias do lançamento em Espanha desta sua obra. O seu testemunho de coragem e determinação permanece como uma inspiração invulgar para todos os que se deparam com momentos mais duros nas suas vidas.


 Objectiva - Uma pessoa hilariante só podia ter escrito um livro de rir até não poder mais. "Nascido e Criado na Margem Sul" de Rui Unas tornou-se imediatamente num livro a ler para nós.´


Sinopse: Rui Unas vive na Margem Sul há 40 anos e correm rumores de que nunca foi sequer a Lisboa. (Diz-se que sente vertigens ao aproximar-se da ponte e que só de charola aceita pôr os pés num cacilheiro.) Em certas noites de nevoeiro há relatos de avistamentos do nosso herói no braço esquerdo do Cristo Rei – de costas para Lisboa. Pela Margem Sul cresceu, levando uma vida pautada pelo vício e pela transgressão gratuita, tendo conquistado o pleno domínio da sua praceta enquanto criança. É dali que ainda hoje controla o tráfico de ursinhos de goma em toda a Margem Sul e comanda o movimento independentista sectário auto-denominado «A Margem Sul é até Cabo Verde». Há cerca de 20 anos, conquistou o mundo aos microfones da Rádio Seixal, travestindo-se desde então de radialista, apresentador de televisão, fake MC, autor de autobiografias imaginárias, actor e profissionalíssimo professor de kizomba. Don Juan nas horas vagas (e nas outras horas todas), são épicas as histórias das suas conquistas, de Alcochete à Caparica, tendo as suas bravatas inspirado argumentos cinematográficos de uma produtora de renome, sediada numa cave do Barreiro. Marcou gerações, sobretudo a que o viu de maillot de luta greco-romana, e nem com uma vida inteira de psicoterapia conseguirão os margem-sulenses esquecer a primeira vez que dançou o malhão africano em público.


 
Porto Editora - O 25 de Abril aproxima-se e que melhor obra para celebrar essa importante revolução? Fiquem com "Os Rapazes dos Tanques" de Alfredo Cunha e Adelino Gomes.

Sinopse: Os Rapazes dos Tanques oferece-nos imagens e testemunhos exclusivos dos homens que estiveram frente a frente no Terreiro do Paço e no Carmo, no dia 25 de Abril de 1974. As fotografias de Alfredo Cunha e as entrevistas conduzidas por Adelino Gomes levam-nos a (re)viver aquelas horas e a percebermos as dúvidas, os receios, a ansiedade, a tensão, a esperança, as alegrias vividas por cidadãos que, depois desse dia, regressaram, na maior parte dos casos, ao anonimato. E a conhecer, também, o olhar que esses homens têm sobre o país quarenta anos depois. Este livro dá voz, pela primeira vez, a furriéis e cabos que não obedeceram às ordens de fogo do brigadeiro comandante das forças fiéis ao regime - um ato de justiça aos que estando, numa primeira fase, na defesa do regime arriscaram a vida e souberam estar à altura do desafio. Os Rapazes dos Tanques é uma homenagem aos homens da Cavalaria que acabaram com 48 anos de ditadura, em especial, ao capitão Salgueiro Maia.
 
 

2020 Editora -  É importante termos uma alimentação saudável todo o ano, mas é inevitável essa preocupação aumentar com o aproximar do verão. Pois bem, o livro "500 Refeições Saudáveis" poderá ser uma preciosa ajuda.
 
Sinopse: O livro ideal para quem se preocupa com o consumo calórico, mas não pretende sacrificar o sabor nem a apresentação dos pratos. Repleto de receitas deliciosas, claras e fáceis de seguir, inclui um capítulo Introdutório completo sobre alimentação saudável, que explica quando e como reduzir a gordura, o açúcar e as calorias sem perder o sabor dos ingredientes. Não só tem receitas pouco calóricas, como também opções sem laticínios ou glúten, vegetarianas, adequadas para o coração, pobres em hidratos de carbono e ricas em vitaminas e minerais essenciais para uma boa saúde. Este é o único livro de cozinha saudável de que vai precisar!




Marcador -  Um livro traduzido por João Tordo? Que curiosidade! A obra de estreia de Auður Ava Ólafsdóttir, "Rosa Cândida", promete.

Sinopse: Um jovem decide deixar a casa da sua infância, o irmão autista, o pai octogenário e as paisagens familiares de campos de lava cobertos de musgo, em busca de um futuro desconhecido. Pouco antes da sua partida recebe um terrível telefonema: a mãe falecera num acidente de carro. As suas últimas palavras tinham sido de doce conselho ao filho, incitando-o a continuar o trabalho que partilhavam na estufa, mais especificamente o cultivo de uma variedade de rosa rara, a Rosa Candida. Antes da morte da mãe, naquela mesma estufa, vivera um breve encontro de amor. Foi quando já preparava a sua partida que soube que, nessa noite, concebera inocentemente uma criança. Atordoado com todos estes súbitos acontecimentos, procura refúgio, recolhendo-se num majestoso jardim abandonado de um antigo mosteiro europeu. É aí que se vai dedicar a fazer florescer aquela rosa rara de oito pétalas. Ao concentrar a sua energia no seu cultivo, aprende também, sem dar por isso, a cultivar o amor.


Planeta - Com este livro nunca mais ninguém poderá dizer que não entendeu o que lhe gritaram durante uma discussão. Um livro, no mínimo, curioso. Fiquem com "O Dicionário de Insultos" de Sérgio Luís de Carvalho.



 Sinopse: O primeiro dicionário do género que dá a conhecer a história e a origem de mais de quinhentos insultos que todos nós conhecemos, melhor ou pior. A vida não anda fácil e a vontade de insultar é muita? Pois faça-o com estilo, faça-o com arte e conhecimento. Porque insultar bem...





 

domingo, 30 de março de 2014

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Livro: A Força do Destino



Autora: Susana Esteves Nunes
Editora: Chiado
Nº de páginas: 186

Ora bem... antes de vos dar a minha opinião sobre este livro preciso de alguma informação vossa.
Sim sim, leram bem!
É isso mesmo!
Vamos lá então.

Quem aqui gosta daqueles romances super apaixonados - um pouco ao estilo de Uma história de amor eterno ou mesmo de algum dos livros de Nicholas Sparks - levante a mão! Muito bem... esses podem continuar a ler este post. :)

De facto este primeiro romance da autora Susana Esteves Nunes (ver entrevista à autora - aqui) é isso mesmo. Um romance carregado de amor (e, por vezes também humor) que nos prende do início ao fim, por nos apresentar os factos de uma forma simples e quase que, por vezes, cinematográfica. Não é apenas a história que nos prende (que, como disse, é mais dirigida a quem gosta de uma boa história de amor) mas a própria forma como está escrita. O narrador, omnipresente e omnisciente, leva-nos a Nova Iorque onde se encontra João Pedro, a Portugal perto de Maria Eduarda (sua irmã gémea) e a Sintra onde se encontra Vasco Gouveia.
Esta é a história de dois irmão gémeos inseparáveis que se vêm longe um do outro quando João Pedro recebe uma oferta irrecusável para ir trabalhar para Nova Iorque. É na mesma noite em que João dá esta notícia à irmã que a mesma esbarra em Vasco Gouveia... e entre os dois houve amor à primeira vista. Será a isto que se chama destino? E o que terá o destino predestinado para eles?

Um romance que nos ensina que nunca devemos desistir do que nos faz feliz, que não nos podemos deixar domar pelas nossas inseguranças e que, por vezes, o destino prega-nos partidas e dá-nos oportunidades irrecusáveis.. que devemos aproveitar! Sempre!

sábado, 29 de março de 2014

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35ª Entrevista: Beatriz Lima (escritora)

Beatriz Lima

Beatriz Lima nasceu em Lisboa em 1997. Escreveu o seu primeiro romance, “Anjo de Cristal” com apenas 13 anos e publicou-o em Dezembro de 2011 (com 14 anos). Em Fevereiro de 2013 lançou a 2ª edição de “Anjo de Cristal”. Agora edita o seu segundo romance, “Dependo de Ti”, também editado pela Alphabetum Edições Literárias. Vamos, então, saber mais um pouco sobre ela e o seu trabalho.
 Qual é a sua nacionalidade: Portuguesa
O seu Filme favorito:  A Vida é Bela de Roberto Benigni
O seu Livro favorito: O Evangelho Segundo Jesus Cristo de José Saramago
O seu Anime favorito:  As Navegantes da Lua
O seu Manga favorito: Não tenho.
O seu Espetáculo favorito: Espetáculos de Ballet e musicais realizados por Filipe La Féria
A sua Série de televisão favorita: Anatomia de Grey


Quando percebeu que ser escritora não era uma opção para si mas antes uma necessidade?
 Não sou escritora, sou apenas… uma contadora de histórias.
Percebi que a escrita era uma necessidade quando descobri que me sentia completa ao fazê-lo. É através das palavras que expresso a minha opinião, imortalizo momentos e pensamentos, vivo e conheço novos mundos. As palavras permitem-me explorar o meu interior e o mundo.
É algo que está gravado na minha alma, a necessidade de escrever.

Editar o seu primeiro livro com apenas 14 anos facilitou-lhe a entrada no mundo literário português por ser um caso raro no nosso país ou, pelo contrário, causou alguma desconfiança no mundo editorial?
Quando editei Anjo de Cristal era uma adolescente de catorze anos a viver um sonho, por isso não achei imperativo preocupar-me com a suposta desconfiança de quem está no mercado literário. Limitei-me a aproveitar cada momento, cada apresentação. Ao editar o meu primeiro livro tive oportunidade de percorrer várias escolas e bibliotecas, encontrar-me com jovens e incentivá-los a seguirem os seus sonhos. Acima de tudo, revelei ao mundo uma das minhas grandes paixões: contar histórias.
Como foi a reação do público ao seu primeiro romance?
Na minha opinião, Anjo de Cristal foi muito bem recebido pelo público. Foi uma surpresa para mim, pois agradou a diferentes pessoas de diversas faixas etárias: desde meninos de 10, 11 anos até adultos, passando por adolescentes e jovens adultos.
O que sentiu quando apresentou o seu próprio livro na sua escola?
 Foi o local perfeito para apresentar, pela primeira vez, Anjo de Cristal. Estava em casa.
 Era o concretizar de um sonho e estava rodeada de livros e amigos… O ambiente era íntimo, acolhedor. Estava rodeada de caras familiares. As emoções acabaram por vir ao de cima… Foi um momento muito especial.
Guardo com um carinho especial esse dia.

Em “Anjo de Cristal” a protagonista é uma jovem que parte para a guerra em busca do seu amor, já “Dependo de Ti” é uma história sobre a relação de duas irmãs gémeas. Onde foi buscar inspiração para escrever duas obras tão diferentes?
 A inspiração para escrever Anjo de Cristal surgiu após ver a Missa pela Paz de Karl Jenkins. A missa era constituída por uma orquestra, coros e foram projetados vídeos da 2ª guerra mundial. Foi algo marcante. Saí de lá totalmente inspirada. Quando cheguei a casa, depois das férias de verão, comecei a escrever… à mão, num caderno de capa azul, a história de Anne
Marie.
Quanto ao Dependo de ti, a inspiração não surgiu de algo concreto como a Missa pela Paz, mas existe um episódio que, para mim, marca o início do Dependo de ti: lembro-me de passar por uma loja de doces e ocorrer-me a “visão” de duas raparigas a viverem mil e uma aventuras rodeadas de guloseimas. Foi essa (doce!) “visão” que deu início à história de Alex e Mia…



Qual a diferença entre a Beatriz Lima de “Anjo de Cristal” e a de “Dependo de ti”?
 Acho que a principal diferença foi o ter crescido: escutei, observei, aprendi, vivi… Cresci como mulher, cidadã, contadora de histórias. Apesar disso, a Beatriz de Dependo de ti e a de Anjo de Cristal continuam a ter a mesma essência.
 Quais são os seus planos para o futuro? Quais os próximos caminhos a desbravar?
 A nível escolar, quero continuar a estudar e tirar um curso superior em política internacional. Tenho como objetivo trabalhar numa organização não lucrativa para ajudar crianças.
Quanto aos livros, quero continuar a escrever… Tenho dezenas de histórias a dançar na minha mente à espera de serem passadas para o papel!... Esta contadora de histórias ainda tem muito para contar.

Muito obrigada Beatriz Lima pela disponibilidade e simpatia!

quinta-feira, 27 de março de 2014

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Livro: A Metamorfose


 
 
 
Título Original: Die Verwandlung
Ano: 1915
Género: Parábola
Autor: Franz Kafka

 

Há autores cujo nome diz tu. Franz Kafka conquistou uma honrosa referência na lista dos autores mais conceituados, admirados e lidos de sempre. Por tudo isto, é com alguma vergonha que admito que só muito recentemente li uma obra sua. A eleita? “A Metamorfose”, claro está!
 
Esta história com 100 anos de idade pode ser resumida pela sua frase inicial: “Um dia de manhã, ao acordar dos seus sonhos inquietos, Gregor Samsa deu por si em cima de uma cama, transformado num inseto monstruoso.”
 
Esta obra foi lida e relida por milhões de pessoas ao longo de décadas. São inúmeras as referências ao livro mais famoso de Kafka e as conclusões apresentadas, interpretações feitas e estudos realizados apontam no sentido de estarmos perante uma verdadeira obra prima.
 
A tudo isto eu digo: não!
Não percebo como pode uma história tão simples e previsível ser considerada algo de incrível. A premissa é muito interessante, mas a forma como foi conduzida deixa muito a desejar.
Não percebo como é que um escritor com uma escrita tão básica e comum pode ser considerado um género literário.
Não percebo como é que tantos académicos atribuem tantos significados e simbolismos a esta história. Se “A Metamorfose” figura na lista das obras mais marcantes de sempre, então sou bem capaz de enumerar dezenas de outras que mereceriam ocupar esse lugar e, no entanto, não o fazem.
 
No fim, não consegui evitar um grande desapontamento ao ver que “A Metamorfose” de Franz Kafka é na verdade, aos meus olhos, uma história simples e sensaborona.
Agora podem criticar-me os especialistas e os amantes de Kafka, mas Gregor Samsa continuará a ser o inseto mais aborrecido sobre o qual tive a oportunidade de ler.  
 
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Passatempo: 96º Passatempo do FLAMES em parceria com a autora Linete Cardoso




A autora Linete Landim está para lançar o 3º volume da sua coleção "Vale Ribeiro" e quer oferecer, a um seguidor do FLAMES, um pack com os 3 livros autografados!



Sinopse: "Em Flores Silvestres, a autora conta os meandros do amor entre Inês e o duque Afonso e apresenta o sedutor Guilherme. Em Porto de Abrigo, continua a história deste protagonista libertino, num romance também cheio de erotismo e humor. O que virá em Casamento Cortês?"
Para descobrir vão ter que ler.
E como o seu 3º livro será lançado em Maio deste ano, o passatempo termina, apenas, no dia 1 de Junho! Sim, estão a ler bem! Têm imenso tempo para partilhar o passatempo aumentando, assim, as hipóteses de ganhar este pack. Não vão querer perder a oportunidade pois não?


Preencham o formulário abaixo disponibilizado. Podem fazê-lo uma vez por dia!

Boa sorte!

 
PASSATEMPO TERMINADO

quarta-feira, 26 de março de 2014

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34ª Entrevista: Other Eyes Wise (banda inglesa)



Other Eyes Wise


Other Eyes Wise é uma banda de metal, com 3 elementos, formada em Londres em 2011 e que toca metal extremo misturado com rock, tocado de uma forma progressiva.
Aqui no FLAMES ouvimos as suas músicas no SPOTIFY e podemos assegurar-vos que qualquer puro amante de METAL vai AMÁ-LOS.

Sigam-nos no
e

Nome dos membros da banda e instrumentos que tocam  
Jonas (JH) – Voz e Guitarras
Simon (SJ) – Bateria
Coop (MC) – Guitarra e Baixo

A todas as bandas/músicos, o FLAMES pergunta...

Porquê este nome para a vossa banda?
Other Eyes Wise significa a luta entre uma perspectiva individual e as pressões externas. Refere-se ao ponto de vista individual e ao facto de não se seguir sempre o outro. Gostamos do nome porque vemos a nossa forma de fazer música exactamente desta maneira, como uma colectividade de indivíduos - gostamos de trabalhar juntos, mas permitimos que surja qualquer ideia de um membro do grupo, e acreditamos que isso nos dá força. 

Músicos/Bandas favoritas e que vos inspirem:
JH: John Petrucci, Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughn, Laney Staley, Mikael Akerfeldt, Mike Patton
SJ: John Bonam dos Led Zeppelin, Danny Carey dosTool, Metallica, Meshuggah, Faith No More, Alice in Chains, Soundgarden, Pantera, Carcass, ISIS, Deftones
MC: Metallica, Carcass, Napalm Death, Slayer, Megadeth, Cliff Burton, Gary Moore, BB King, Buddy Guy, Tony Iommi, James Hetfield

Temos imensas influências de diversas áreas, estas são as principais que nos inspiram desde o início, mas temos uma mente aberta relativamente ao que ouvimos. 

Local onde mais gostaria de vir a tocar um dia:
Tocar num enorme festival de heavy metal portanto, basicamente, tocar num grande campo cheio de verdadeiros fãs de música. É um óptimo contexto de música. 

MC: Também gostava de tocar num locar tipo o Garage, Brixton Academy, onde te encontras muito perto da audiência. 

Lembram-se do vosso primeiro ensaio? Onde foi?: 
Sim, era uma sala de ensaio de m*rda a norte de Londres. O local estava no mesmo estado que a banda, prestes a se unir. Ironicamente, o Jonas e o Simon tocavam numa outra banda, o Jonas era o vocalista e o Simon na bateria. 

S.J: este foi o primeiro ensaio de sempre onde ouvi o Jonas a tocar guitarra, e tínhamos um novo tipo no baixo. A partir desse primeiro ensaio, mesmo sendo o local uma m*erda, achamos que tinha sido muito produtivo e criativo e logo a partir dessa primeira sessão, apercebemo-nos que tínhamos algo com potencial ali. 

JH: Decidimos reunir-se sem qualquer ideia ou expectativa de que iria acontecer. Imediatamente nos apercebemos que era algo que poderia resultar e se transformar em algo de bom.

Quem compõe as músicas 
Todos nós. Alguém aparece com uma ideia de base e trabalhamos todos nela, juntos. Assim que uma ideia surge, em 9 de 10 vezes, alguém pega nela, desenvolve-a e, gradualmente, torna-se numa música. Nós compomos de uma forma muito pouco restrita, e tudo se resume à ideia individual que surge, algo que possivelmente irão ouvir na nossa música e é o que, novamente, se reflecte na escolha do nome da banda. 

Quem escreve as letras? 
JH. : Eu. Mas baseio-me na inspiração e nas ideias dos outros.

Que poster/mensagem gostariam de ver a ser erguida pelo publico enquanto tocam?
SJ: A bandeira do Liverpool FC :-) Honestamente era mais um monte de bandeiras de diferentes países. Mas só ter um público grande o suficiente para ter esse tipo de resposta é o suficiente para me fazer feliz.

JH: se alguém tivesse, por puro acidente, pegado numa minha letra mais pessoal e impresso num pedaço de papel e levantasse. Esse tipo de conexão seria fantástica.

MC: ver um da minha cidade natal, enquanto tocava no estrangeiro.

A pergunta de sempre ... como se conheceram e como decidiram começar esta banda?
SJ: Eu e o Coop já nos conhecemos praí há 20 milhões de anos, e estivemos juntos em diferentes bandas durante esse período. Eu e o Jonas estivemos numa outra banda metal. Sempre quis fazer algo um pouco de diferente, é por isso que queria começar com os Other Eyes Wise.

JH: Conheci o Simon numa outra banda metal, onde eu cantava/rugia. Mas estava ansioso por começar um outro projeto com ele. Tínhamos conversado anteriormente sobre um ato de metal que também se desviasse para o rock e que fosse multidimensional, aos meus olhos lembrava-me os atos progressistas que amo, mas num ambiente mais pesado.

Aos Other Eyes Wise o FLAMES pergunta...

Sentem que, hoje em dia, as pessoas se encontram mais abertas ao metal?
JH: sim, as pessoas parecem estar mais abertas ao metal e, em geral, a uma cultura mais alternativa. Vejo mais pessoas a usar tatuagens e piercings do que via há 10 anos atrás, penso que as pessoas em geral (apesar de não serem todas) estão com as mentes mais abertas. A parte da escrita do metal, e a música em geral, está a tornar-se saturada, o que é um risco para a música e para o que a música é suposto ser, isto numa perspectiva individual. Agora, apreciem a resposta do Sy's: uma caixa de Pandora vai abrir-se...

SJ: Penso que, em geral, todos os tipos de música têm crescido tanto nos últimos anos, e o mesmo se passou com o metal. Mas a criatividade desta música está a desaparecer lentamente, e é cada vez mais difícil encontrar algo que seja novo, parece que todos andam a usar a mesma fórmula. Penso que os verdadeiros fãs de música, independentemente do género, irão procurar e encontras as bandas que são realmente criativas, e essa música nunca irá morrer. Vejam os Meshuggah, não são nada ortodoxos nem seguem as principais correntes do momento e continuam a ter seguidores. 

Sobre o que é que gostam de cantar? 
JH: sobre as minhas visões pessoais e observações. Por exemplo: a You're Wrong, You're Right é a resposta a um diálogo pessoal para corrigir uma descrença em mim mesmo. A Vague Monster é sobre um padrão na sociedade em se usar uma máscara, o que não tem mal, mas não quando se sobrepões à nossa parte interior, que é quando a verdadeira parte se desmorona. Tende a ser sobre coisas reais, não sobre ficção, pelo menos não neste álbum.

Quando iniciaram esta aventura, alguma vez imaginaram que chegariam tão longe?
JH: Sim, não tinha ideia de onde estávamos a ir, só podia ter a certeza de que seria longe de onde estávamos. O facto de estarmos onde hoje não é, num certo sentido, é uma surpresa, devido à forma como é nos sentíamos bem no início, mas também não o podia prever. 

SJ: Acho que desde o primeiro demo que fizemos até a este álbum, senti que isto era forte o suficiente para nos levar para a frente, mas honestamente não esperava que acontecesse estarmos onde estamos agora.

Como se imaginam daqui a 10 anos? 
Sabemos que teremos progredido musicalmente. Neste momento não sabemos em que sentido, o que também torna tudo mais excitante. Esperamos ternos tornado mais bem sucedidos e de termos uma ligação mais forte com o público. Enquanto fizermos música, sabemos que iremos progredir, mas haverá sempre um factor aleatório ao que realmente sai: agora, quando tentamos escrever uma música de heavy, acaba por ser a coisa mais melódica que já ouviu, e quando tentamos escrever uma balada, acabamos com um colapso brutal. Portanto, basicamente, o que vemos daqui a 10 anos é um futuro que não podemos ver. Enquanto existir um público para nós, nós estaremos lá.

SJ: Provavelmente também teremos mais uma porr*da de tatuagens.

Existem artistas com os quais gostariam de tocar?
Metallica seria um bónus, Tool, Meshuggah, Tesseract, Dream Theater, Joe Bonamassa, Tori Amos,....basicamente muitas bandas e artistas, porque amamos estar atolados e não temos quaisquer limites.

JH: Também amava tocar com os Devin Townsend e Mastodon, porque parecem ser brutais para se sair!

Vocês acabaram de assinar através dos WormHole Death e o vosso primeiro álbum Zer(0) vai ser lançado através deles. Quais são as vossas prespectivas para o futuro?
Antes de mais gostaríamos de agradecer o Carlo, Wahoomi e todo o pessoal dos WormHoleDeath e RealSound Studio pelo seu apoio. Estamos ansiosos por progredir com a banda, musicalmente e mentalmente. Produzir a melhor música e concertos o que pudermos, e com a ajuda deles, chegar a tantos lugares quanto possível e mostrar às pessoas quem somos e o que conseguimos fazer.

Podiam por favor deixar uma mensagem aos vossos futuros fãs portugueses?
Amávamos vir tocar a Portugal! Adoramos tocar ao vivo e mal podemos esperar por chegar a Portugal e tocar ao vivo para vocês, muito obrigada pelo vosso futuro apoio! E contactem-nos antravés do Facebook, Twitter e falem connosco, nós estamos lá. Ouçam o nosso álbum de estreia Zer(0) no Spotify, Itunes, Google Play, etc.!


E nós AMÁVAMOS pode-los ver ao VIVO aqui!. Muito obrigada pela oportunidade! :)


Other Eyes Wise



Other Eyes Wise is a 3 piece London metal band from 2011 that plays extreme, down tuned metal mixed with rock in a progressive fashion. We heard their song on spotify and we can assure you that any metal lover will LOVE them. 

Find them on 
and 

Name of the members of the band and instruments they play 
Jonas (JH) – vocals and guitars
Simon (SJ) – drums
Coop (MC) – guitar/bass

FLAMES asks to all the band/musicians...

Why this name for the band?
Other Eyes Wise means the struggle between an individual perspective and external pressures. It's about individual point of views, and to not always follow other people. We like the name, because we view our way of making music in this very way, as being a collective of individuals – we like working together, but we allow any idea from any person in the band to come through, and this gives us strength we believe.

Favorite Musicians/Bands that inspire you:
JH: John Petrucci, Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughn, Laney Staley, Mikael Akerfeldt, Mike Patton
SJ: John Bonam of Led Zeppelin, Danny Carey from Tool, Metallica, Meshuggah, Faith No More, Alice in Chains, Soundgarden, Pantera, Carcass, ISIS, Deftones
MC: Metallica, Carcass, Napalm Death, Slayer, Megadeth, Cliff Burton, Gary Moore, BB King, Buddy Guy, Tony Iommi, James Hetfield

We have a lot of influences from a lot of different areas, these are the main, early inspirational ones, but we have a very open mind towards what we listen to.

Place where you dream to play one day:
Playing a massive heavy metal festival, so basically playing on a large field filled with true fans of music. It's a great context for music.

MC: I would also love to play a place like the Garage, Brixton Academy, where you are close to the crowd.

Do you remember your first rehearsal? Where was it: 
Yes, it was a shitty rehearsal room in north London. The place was in the same state as the band, just about to come together. Ironically, Jonas and Simon played in another band, Jonas on vocals, Simon on drums.

S.J: this was the first rehearsal where I heard Jonas on guitar ever, and we had a new guy on bass. From that first rehearsal, even if the place was shit, we found it very productive and creative, and already after that one session, we realized we had something with potential there.

JH: We decided to meet up with no idea or expectation on where it would go. Straight away, we learned it was something that could work and turn into something good.

Who composes the music
All of us. Someone comes with a basic idea, and then we jam on it, and evolve it, together. Once an idea comes in, 9 times out of 10, someone else picks up on it, evolves it, and it gradually becomes a song. We compose music in a very unrestrictive way, and it's about the individual ideas coming through, something that you probably can hear in our music, and again reflects the choice of band name.

Who writes the lyrics? 
JH. : me. But it take inspiration and ideas from the others.

What poster/message would you like to see being lifted up in the audience while you are playing?
SJ: Liverpool FC flag :-) Honestly, more like loads of flags for different countries. But just having a big enough audience to have that kind of response, is enough to make me happy.

JH: if someone had, by pure accident, picked my most personal lyric and printed that on a piece of paper and held up. That kind of connection would be awesome.

MC: to see one from my home town, as I'm playing abroad.

The usual question ... how did you meet and how did you decide to start this band?
SJ: myself and Coop have known each other for twenty million years, and been in different bands together over that period. I and Jonas met in another metal band. I always wanted to do something a bit different, that's why I wanted to start up Other Eyes Wise.

JH: I met Simon in another metal band, where I sang/growled. But I was keen to start another project with him. We had talked earlier about basically a metal act that also veered towards rock, and being multidimensional, in my eyes reminding me of the progressive acts I love, but in a heavier setting.

To the Other Eyes Wise, FLAMES asks

Do you feel that nowadays people are more open to metal? 
JH: yes, people seem to be more open to both a metal, and in general, a more alternative culture. I see more people having tattoos and piercing than I did 10 years ago, I think people in general (though not everyone) is getting more openminded. The writing part of metal, and music in general, is becoming saturated, which is a risk for music and what music is meant to be about, an individual view. Now, enjoy Sy's answer: can of worms is about to open....

SJ: I think, generally, all sorts of music has gone so much bigger over the recent years, and so has metal. But the creativity of this music is slowly disappearing, and it's harder and harder to find something that feels new, it seems it's all going through the same formula. I think real music fans, whichever genre, will go out and find the really creative bands, and this music will never die. Look at Meshuggah, they are unortodox and not mainstream, and they still have a following.

What do you like to sing about? 
JH: it's my personal views and observations, examples: You're Wrong, You're Right: this is the response to a personal dialogue, to aim to correct a disbelief in oneself. Vague Monster: is about a pattern in society with wearing a mask, which is fine, but not when it takes over whilst the internal, true part falls apart. It tends to be about very real things, not much fiction, at least not on the current album.

When you started this journey, have you ever imagined that you would go this far?
JH: yes, I had no idea where we were gonna go, I could only be sure that it was gonna be far away from where we were. That we are where we are today is in one sense not a surprise due to how good it felt from the start, but I couldn't foresee it.

SJ: I think from the first demo we did, up to this album, I felt it was strong enough to take us forward, but I honestly didn't expect where we are now to happen.

How do you see yourself in 10 years from now?
We know we will have progressed musically. We don't know in what way right now, which also makes it exciting. We hopefully have become more and more successful, and have a strong connection with a large audience. As long as we do music, we know we will progress, and there will always be a random factor to what actually comes out: now, when we try to write a heavy song, it ends up being the most melodic thing you've heard, and when we try to write a ballad, we end up with a brutal breakdown. So basically, what we see in 10 years time is a a future we can't see. As long as there is an audience for us, we'll still be around.

SJ: probably a shitload more tattoos as well.

Are there any artists you would like to play with?
Metallica would be definite bonus, Tool, Meshuggah, Tesseract, Dream Theater, Joe Bonamassa, Tori Amos,....basically, a lot of bands and artists, because we love to jam, and we don't have any boundaries.

JH: I'd also love to play with Devin Townsend and Mastodon, because they seem like a blast to hang out with!

You have just signed to the heavy label WormHole Death and you will release your debut album Zer(0) through them…What are your perspectives for the future?
First and foremost, we would like to thank Carlo, Wahoomi and all the guys at WormHoleDeath and RealSound Studio for their backing and support. We are looking forward to band progression, musically and mentally. Just to produce the best music and shows we can, and with the help of the label, get out to as many places as possible and show people who we are and what we can do.

Would you be so kind to leave a message to your future Portuguese fans?
We'd love to come and play in Portugal! We love playing live, and we can't wait to come down to Portugal to play live for you guys, thank you very much for supporting us in the future! And contact us on Facebook, Twitter and talk to us, we are there. Check out our debut album Zer(0) on Spotify, Itunes, Google Play etc!

And we would LOVE to see them LIVE in here!
Thank you so much for the opportunity :)

segunda-feira, 24 de março de 2014

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33ª Entrevista: Luís Represas (artista português)



Luís Represas

Luís Represas dispensa qualquer tipo de apresentações! Conhecido por qualquer pessoa de qualquer faixa etária é, indiscutivelmente, um nome sonante no panorama musical português. Desde sempre se interessou pela música e fundou os Trovante em 1976. Em 1992, inicia a sua carreira a solo.
Em Fevereiro de 2014 saiu o novo álbum "Cores", o primeiro disco de estúdio a solo desde "Olhos nos Olhos" (2008).
Tivermos o privilégio e a honra de estar à conversa com ele, e este foi o resultado final...

A todas as bandas/músicos, o FLAMES pergunta...

Quais são os artistas que o inspiram?
Ui… sou péssimo nesse tipo de coisas. Não sou capaz de dizer um, dois, três ou quatro. Sou muito sensível àquilo que me impressiona, que me toca profundamente. Se fosse agora enumerar artistas seria uma lista extensíssima e deixaria muitos para trás.
       
A sua carreira é recheada de colaborações com outros artistas. Há alguém com quem ainda não tenha tido a oportunidade de trabalhar e gostasse de o fazer?
Vejam só as pessoas que poderiam integrar a minha resposta anterior. Não consigo estar a categorizar, a distinguir artistas. Uma colaboração ou um dueto não implica conhecer agora esse artista. Posso de hoje para amanhã conhecer alguém de quem goste muito e decidir trabalhar com esse artista.

Qual o local onde mais gostou de atuar até à data?
Não tenho nenhum em particular. Tenho grandes memórias de todos os sítios onde toquei. Não tenho uma hierarquia.

Lembra-se de alguma situação caricata que já tenha acontecido num concerto seu?

Muitas. Já aconteceram várias. Em muitas delas as pessoas nem dão por ela. São várias … (pensa durante uns segundos) mas agora não me estou a lembrar de nenhuma.

Ao Luís Represas o FLAMES pergunta...

Porquê o nome “Cores” para o seu mais recente álbum de estúdio?
Isto de dar nomes aos discos é como dar nomes às crianças: só quando elas estão cá fora é que olhamos para elas e decidimos qual o seu nome.
Este não é um disco conceptual, tem várias canções distintas.
Quando estava a compor este álbum as canções sugeriram-me cores. É como nos quadros: as cores valem o que valem por si mas só quando estão juntas é que dão origem ao resultado final.
Hoje em dia há muito o hábito de se apresentar as coisas de forma cinzenta, de todos verem uma determinada coisa de uma única maneira. Com este álbum pretendo que as pessoas sejam capazes de abrir janelas, de ter outras opções para aquilo que nos aparece à frente. Cada pessoa que ouvir o meu álbum poderá criar o seu próprio quadro independentemente daquilo que imaginei.

Já publicou tantos álbuns durante a sua longa e bem-sucedida carreira. Agora com este seu novo álbum o que sente? É um sentimento familiar ou cada disco é uma experiência completamente diferente?
É como se tivesse sido o primeiro disco. Todos os discos são fruto de um momento vivido na gravação, na sua construção. Todas as etapas até um disco estar cá fora são comuns a todos eles, é um percurso muito especial.
Todos os discos são especiais.

Os concertos ao vivo de apresentação do álbum “Cores” vão surpreender mesmo quem já tenha assistido a outros concertos seus?
Acho que as pessoas vão fundamentalmente ver as músicas cantadas por mim e aquilo que sempre lhes dei. Ver a minha emotividade e tudo o que tenho para dar.
Quando vou a um espectáculo ao vivo quero vir de lá renascido.
O meu espectáculo consiste em jogar com o inesperado, recriar as canções ao vivo. Cada concerto é um concerto.

Como é que após mais de 30 anos no mundo da música ainda se mantém a paixão inicial?
Isso é como se ser músico fosse uma opção. Foram 38 anos a construir uma carreira porque gostava de música. Fazer música é aquilo que gosto de fazer. É a vida que tenho.

Quando cantou a versão portuguesa das músicas do desenho animado da Disney Tarzan sentiu uma responsabilidade acrescida por estar a cantar as músicas do famoso Phil Collins?
É sempre bom quando mexemos num material que gostamos. Não podemos esquecer que o Phil Collins ganhou um Óscar com esse seu trabalho.
É claro que gostei muito de fazer um trabalho deste tipo. Há um entusiasmo acrescido, mas avanço com o mesmo sentido de responsabilidade que faço em todos os meus trabalhos.

Chegou a conhecer o Phill Collins?
Claro que sim! Encontrámo-nos para  trabalhar nessas músicas.

Agora uma pergunta um pouco mais pessoal: tem noção de que para a nossa geração, para as gerações mais novas, o primeiro contacto com o artista Luís Represas foi com o Tarzan?
É mesmo? (risos)
Por acaso já me tinha apercebido disso, que houve uma geração que me conheceu aí. Sabem, há uma coisa que nunca fiz: cantar as músicas do Tarzan ao vivo.

Não, a sério?! E pensa um dia vir a fazê-lo?
Sabem, como podem ver, há sempre algo de novo para fazermos na nossa carreira.

Como é que se imagina daqui a 10/15 anos?
Sei lá… olhem, quando era mais novo havia uma caderneta militar e tínhamos que pagar uma taxa para sair do país. A minha caderneta era válida até 2001 e nessa altura essa parecia-me ser uma data a uma distância astronómica! Depois é claro que veio o 25 de Abril e isso acabou…

Daqui a 10/15 anos não faço a mínima ideia, nem sei se estou vivo! É claro que gostava de continuar a fazer música, de estar com os meus filhos e de continuar a trabalhar ativamente.

Muito obrigada ao Luís Represas pela sua disponibilidade e simpatia! 
Foi sem dúvida um momento único para o FLAMES!
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Livro: Uma História de Amor Eterno


Uma História de Amor Eterno 
* 
Sand Dollar - A Story of Undying Love






Review em Português

Título: Uma história de amor eterno
Autor: Sebastian Cole (vejam a entrevista que o autor nos concedeu aqui)
EditoraEditorial Presença
Número de páginas: 262

Antes de vos contar a história, ou de vos dar a minha opinião, vou-vos explicar como é que descobri este livro. Como sabem, o blogue FLAMESmr tem parceria com a Editorial Presença, pelo que gostamos de seguir todas as suas novidades pelo facebook. E foi aí que reparei num autor americano (o Sebastian) a interagir com todos os seus leitores. A primeira coisa que me passou pela cabeça foi "UAU, que interacção fantástica!". É maravilhoso quando um autor se preocupa com o feedback dos seus fãs, assim como é de louvar quando se vê o carinho que o escritor dá a quem lê o seu livro. Claro que uma parte do mérito deve ser dado às redes sociais que hoje em dia permitem que tenhamos um contacto privilegiado com os autores, mas na verdade nem sempre os escritores se dedicam a despender do seu tempo a falar com que gastou do seu a ler um livro. Esta é a principal razão pela qual acho o Sebastian um autor fabuloso!
Foi assim que decidi pesquisar sobre o livro.. e foi assim que cresceu, em mim, a vontade de o ler. Aproveito para agradecer ao autor pelo envio da obra ao blogue.

Na história, vamo-nos encontrar com Noah, um homem filho de uma família judia bastante abastada nos Estados Unidos, que têm uma empresa de enorme sucesso. Encontramo-lo no momento em que procura a sua alma gémea de todas as formas que pensa serem possíveis, tendo sempre em mente que teria de escolher alguém que lhe agradasse a ele, mas também aos seus exigentes pais.
É nesta procura pela mulher ideal que se apaixona perdidamente por Robin, uma mulher que, certamente, não entra na lista de "mulheres ideias para um judeu se casar" mas que cativa desde logo todo o ser de Noah... que tem muito amor para dar! Mas não encontramos Noah apenas nesta fase da sua vida. Também temos o Noah de 80 anos a contar-nos a sua história de vida, a nós e a um auxiliar que trabalha no hospital onde se encontra... o Noah que está presentes a casar-se com Sarah e o Noah pequenino... Confusos? Parece que terão de ler a obra para entender bem o porquê...

A minha opinião:
Ninguém diria, ao ler esta obra, que se trata do primeiro livro escrito pelo autor. De facto, para além da trama estar bem conseguida e interligada, há uma complexidade de estilos de escrita que nem sempre dá bom resultado, mas que o autor empregou de boa forma. O tempo não é constante, e tanto estamos com Noah nos seus 30 anos, como nos deitamos com ele numa cama de hospital aos 80. A personagem principal ora nos fala na primeira pessoa, ora temos um narrador omnipresente a relatá-la. Enfim... existe bastante complexidade na escrita não há dúvidas. Trata-se de um romance para aquelas pessoas que gostam de chorar e rir com as aventuras e desventuras de pessoas apaixonadas... é daqueles livros que nos dão um sentimento de esperança e nos fazem acreditar que o amor é, realmente, eterno...
Escrito de uma forma cinematográfica, é muito fácil conseguir imaginar e visualizar todas as cenas que nos são apresentadas, assim como é fácil envolvermo-nos com as personagens, devido à forte carga emotiva que percorre, connosco, todas as páginas deste livro.
Mas ATENÇÃO: é preciso ser um romântico incurável e um grande apreciador de romances e histórias de amor para conseguir aglutinar a amplitude da história retratada.
No final.. devo dizer que a nota do autor me surpreendeu imenso e fez-me rever a história com outros olhos...


Review in English

Title: Sand Dollar - A Story of Undying Love
Autor: Sebastian Cole (see the interview he gave us in here)
Company: Sebastian Cole LLC
Length: 246 Pages

Before I tell you the story and the opinion I made about this book, I would like to explain to you how I discovered it. As you know, the blog FLAMESmr has a partnership with Editorial Presença. Thus, we always like to follow their work and all the news through their facebook page. That's where I noticed an american author (Sebastian) interacting with all his readers and fans. The first thing that crossed my mind was "UAU, what a great interaction!". In fact, I think it is wonderful when an author truly cares about the feedback of his fans, as it is commendable when you see the affection that a writer gives to the people who read his books. A part of the merit, of course, should be given to social networks that nowadays allows us a close contact with some authors. But it is also true that not all writers spend their time talking to who spends theirs reading a book. This is the main reason why I found Sebastian a fabulous writer!
Then, I decided to research more about he book, and the desire to read it started to grow... I must also take this opportunity to thank the author for sending the book to our blog.

Regarding the plot, in this book we find Noah, a  son of a very wealthy Jewish family in the United States, which have a hugely successful family company. We first find him when he is looking for his soulmate in every possible way. He also must keep in mind that he must choose someone he likes, but also someone that their picky parents would approve. It is during this search for the ideal woman that he madly falls in love with Robin, a women that certainly does not enter the list of "ideal women for a Jew to be marry with", but that immediately captures the whole soul of Noah.. that has a lot of love to give!
But we don't find Noah only at this stage of life. We also see 80 years old Noah telling his life story to us and to a helper at the Hospital where Noah is... or, the Noah that is about to marry Sarah, and also a little Noah.. Are you confused? It looks like you need to read the book in order to understand it...

My Opinion:
No one would say that this is Sebastian's first book. In fact, beyond the fact that the plot is well achieved and well interconnected, we found in the book a complexity of writing styles that sometimes is not well used in other books, but that the author uses in a very positive way. The time is not static, and we meet Noah at his 30's, and after some pages we lay down with him at a hospital bed when he is 80. Sometimes the main character talks to us, and later we have a omnipresent narrator talking. So, as you can see, there is a lot of complexity in the writing, no doubt about that! This is a novel for those people who love to cry and laugh at the adventures and misadventures of passionate people... is one of those books that give us a sense of hope and make us believe that love is really eternal...
Written in a very cinematographically way, it is very easy to imagine and visualize all the scenes that are presented, as well as it is very easy to get involved with the characters, thanks to the strong emotional strength that navigates along with us and within the pages of this book.
But, be CAREFUL: this is a book for incorrigible romantic people, and a great lovers of novels and love stories. It is the only way for you to be able to bring together the amplitude of the story told.
In the end, I must say I was astonished with the author notes. It gave me a new all prespective of the whole story.

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