quinta-feira, 31 de março de 2011

7

Livro: No seu mundo


Título Original: House Rules
Autor: Jodie Picoult
Género: Drama, Romance
Ano: 2010
Nº de páginas: 624
Editora: Civilização Editora



Este foi o primeiro livro, e único até ao momento, que lemos de Jodie Picoult. Não fazíamos ideia da história nem tão pouco conhecíamos a escrita desta autora. Por isso, foi com agradável surpresa e satisfação que lemos este livro que nos prendeu da primeira à última página.

A história apresenta-nos Jacob Hunt, um jovem de 18 anos com Síndrome de Asperger, que, de um momento para o outro, se torna o principal suspeito pelo homicídio da sua professora de Competências Sociais, Jess Olgivy. De facto, tudo em Jacob parece suportar esta ideia já que o seu comportamento se assemelha em muito ao de um impiedoso assassino: uma incapacidade de olhar nos olhos das outras pessoas e uma completa falta de empatia, aliadas a um discurso desprovido de qualquer emocionalidade. Contudo, a sua mãe decide lutar até ao fim para impedir que o seu filho vá para a prisão…mesmo que ela própria não tenha a certeza se Jacob é, de facto, inocente. O que causou a morte de Jess? Será Jacob o responsável pela sua morte? Será condenado? ...

É um facto que a história não prima por uma grande originalidade. Contudo, para nós, o ponto forte desta obra encontra-se na forma como Picoult decide apresentar o desenrolar de toda a trama: ao longo dos vários capítulos, o leitor acompanha a mesma história “pelos olhos” das diferentes personagens; ora num capítulo “entramos” na mente de Jacob e assistimos ao desenrolar dos acontecimentos sob o seu ponto de vista, ora no outro assumimos a posição da sua mãe e temos a oportunidade de acompanhar a mesma história sob a sua perspectiva. Esta é uma constante ao longo de todo o livro, pois de forma intercalada “viajamos” até à mente de Jacob, da sua mãe, do seu irmão, do seu advogado e do detective da sua cidade. Tudo isto com uma escrita simples, fluida e, ao mesmo tempo, profunda com alguns parágrafos que dão mesmo vontade de reler algumas vezes.
Outro aspecto interessante neste livro assenta nos pormenores acerca da Síndrome de Asperger (doença desconhecida para a grande maioria de nós) que nos são apresentados não apenas sob o ponto de vista científico mas também, e principalmente, nos capítulos em que “mergulhamos” na mente de Jacob e temos oportunidade de ver o mundo da forma única e especial que este vê.

Este é, sem dúvida alguma, um livro a não perder para os amantes da leitura e, em especial, para todos aqueles que queiram desfrutar de um livro diferente dos demais.

segunda-feira, 28 de março de 2011

2

Livro: Dois crimes no inverno


Título original: The Winter Murder Case
Autor: S. S. Van Dine

Nº de páginas: 126 + 7 (a explicar no post).

Um leitor assíduo do nosso blog deve já ter percebido como adoramos ler um bom policial. E foi com o intuito de aumentar o nosso repertório de obras policiais que nos delicíamos com mais um livro da colecção vampiro (que tanto amamos). Desta vez trata-se do livro Dois Crimes de Inverno do autor S. S. Van Dine.
O livro não é, na nossa opinião, dos melhor policiais que nos passaram pelas mãos (ou talvez tenhamos o problema de amarmos Agatha Christie, que se encontra bem acima de outros autores). Mas não desgostámos muito deste.

Na história acompanhamos Philo Vance a casa de Carrington Rexon, um importante proprietário de uma riquissima colecção de esmeraldas MUITO valiosas! Tudo se passa numa luxuosa casa de campo, numa bela propriedade cheia de convidados (o que nos confunde imenso, sendo este talvez um dos pontos fracos do livro. A conjugação de "tanto convidado com nome estrangeiro" baralha-nos).
É nesta atmosfera de festa que é assassinado um guarda...mas este é apenas o início de uma série de "acidentes".

Gostavamos de partilhar convosco um pequeno pormenor que, pode até ser um pequenino spoiler, mas que não deixa de ser uma curiosidade interessante é que, neste livro (tal como em quase todos os seus livros), no final o criminoso suicida-se. Partilhamos isto convosco porque é um denominador comum de todos os livros de S. S. Van Dine.

Um outro problema que gostavamos de referir sobre o livro é o facto de ser muito fácil descobrirmos o assassino. No entanto, se gostam de romances policias...não percam...

Ah, e desfrutem ainda de 7 páginas no final muito interessantes. Trata-se de um CREDO, ou uma série de linhas orientadores que o autor decidiu incluir no livro e que trata de tentar ensinar o leitor a escrever um  bom livro policial. Assim, nas últimas 7 páginas do livro encontram o texto: As 20 Regras do Romance policial. A não perder ;)

Opiniões? :)

quinta-feira, 24 de março de 2011

2

Artur Agostinho & Elizabeth Taylor

A semana ainda não acabou mas já ficou marcada pela perda de duas grandes estrelas: uma das mais queridas figuras em Portugal e a eterna Cleópatra.


Artur Agostinho
(25/12/1920 - 22/03/2011)


Nascido em Lisboa, Artur Agostinho tornou-se querido do público português em tudo aquilo que fez. Jornalista, actor, apresentador, radialista e escritor, teve sucesso em todos os trabalhos nos quais participou. Desde o filme "O leão da estrela" (1947), passando pela apresentação do primeiro concurso televisivo em Portugal, o programa "Quem sabe, sabe", Artur sabia o que fazia...e fazia-o bem! Premiado a 28 de Dezembro de 2010 com a Comenda da Ordem Militar de Sant'lago da Espada, que distingue todos aqueles que se destacaram nas áreas da literatura, ciência e arte, pelas mãos do próprio Presidente da República Cavaco Silva, viu reconhecido todo o seu mérito que os portugueses há muito tinham reconhecido.
Por certo que, tão cedo, não será esquecido no nosso país.


Elizabeth Taylor
(27/02/1932 - 23/03/2011)


A musa dos belos "olhos violeta" nasceu em Londres (Inglaterra) filha de pais oriundos dos E.U.A. Celebrizou-se entre as décadas de 1940 e 1960 com filmes que ficarão para sempre na memória dos amantes de cinema. Filmes como "O Gigante" (1956), "A árvore da vida" (1957), "Gata em telhado de zinco quente" (1958), "Bruscamente no Verão passado" (1959) e o célebre "Cleópatra" (1963) que a tornou na actriz mais bem paga de sempre por um filme naquela altura. Venceu por duas vezes o Óscar de melhor actriz ("Butterfield 8" (1961) & "Quem tem medo de Virginia Woolf" (1967)).
Mas nem só de cinema se fez a sua vida. Considerada uma das actrizes mais belas de sempre, Elizabeth casou por 8 vezes, sendo que duas delas foram com o mesmo homem - Richard Burton.
Também dedicou grande parte da sua vida a causas humanitárias, tais como campanhas para a ajuda ao combate à Sida. Por causa disso, foi distinguida, em 2001, por Bill Clinton, na altura presidente dos E.U.A., com uma Presidential Citizens Medal.
Ficará, agora, na memória de todos aqueles que, ao longo de tantos anos, admiraram esta grande artista e, acima de tudo, este grande Ser Humano.

segunda-feira, 21 de março de 2011

2

Filme: The Edge of Love

Ano: 2008
Director: John Maybury
Actores:
Sienna Miller
Keira Knightley
Cillian Murphy e
Mathew Rhys

Este, na nossa opinião, é um bom filme para quem gosta de histórias de amor, de paixões impossíveis ou de tramas complicadas...

O filme passa-se durante a Segunda Guerra Mundial onde a personagem principal, Vera, uma linda cantora, se reencontra com a sua antiga paixão Dyan Thomas. Pouco tempo depois descobre que Dyan, um poeta boémio que gasta imenso dinheiro, uma vez que se "alimenta" das boas coisas da vida, é casado e tem um filho e, quando a sua mulher volta, Dylan pede a Vera que lhes dê um tecto aos dois. Vera cede e, ao mesmo tempo, casa-se com um soldado que está prestes a ir para a guerra. Conseguirá Vera esquecer Dylan e viver com ele e a sua mulher (de quem se torna amiga e cúmplice) enquanto o seu marido está na guerra?
É uma trama complicada e intensa.

Em termos cinematográficos, conseguiram transformar Dyan numa personagem bastante irritante sendo a sua caracterização muito bem feita. Existem algumas cenas em que as personagens cantam (especialmente Vera) no entanto, essas cenas são pouco naturais parecendo que estão a cantar com um gravador atrás, o que não é muito bonito de se ver. De destacar a fantástica performance de Sienna Miller que, contrariamente às expectativas, foi em muito superior à representação de Keira Knightley que, na nossa opinião, já não esteve tão bem...


quinta-feira, 17 de março de 2011

5

Série: Desconhecidos


Título original: Persons Unknown
Ano de estreia: 2010
Género: Mistério, drama
Nº de episódios: 13
Produtor: Christopher McQuarrie





Esta é uma série como há muito não se via: uma boa história contada ao longo de poucos episódios, nos quais não há espaço para momentos “de encher chouriços”, com a participação de bons actores.

A história de “Desconhecidos” é tudo menos comum. Tudo começa com um grupo de pessoas que não se conhecem entre si que, de forma misteriosa, acordam numa cidade deserta sem fazerem a mais pequena ideia de quem os colocou lá e para quê. Uma coisa é certa, alguém está a vigiá-los através de câmaras que estão estrategicamente colocadas por toda a cidade e esse alguém tem definidos alguns desafios com os quais testará este grupo de estranhos. Ao longo dos episódios, estes reféns são confrontados com todo o tipo de dificuldades e têm que aprender a confiar uns nos outros se querem sobreviver…mesmo que alguns deles não inspirem qualquer confiança.

Esta é uma série que recomendamos a todos aqueles que não perdem por nada uma boa história repleta de mistério, surpresas e reviravoltas. Em “Desconhecidos” não houve um único episódio que não nos surpreendesse e deixasse de boca aberta. Por ser uma série com tão poucos episódios, a trama desenrola-se a um ritmo alucinante e em nenhum momento esta história se torna aborrecida.
Quem assiste a esta série não consegue evitar ficar colado ao ecrã na expectativa de ver todo este mistério desvendado. Sem dúvida, uma série a não perder!

Fiquem com o trailer desta série:


segunda-feira, 14 de março de 2011

9

Livro: Os desastres de Sofia


Título: Os desastres de Sofia
Autor: Condessa de Ségur

Este livro é muito antigo, mas deliciou crianças de várias gerações. É dos livros mais divertidos que há, especialmente para crianças.  A sua intemporalidade é algo de louvável e, de certeza, que quem ler estas histórias se vai rever em algumas situações ou, pelo menos, vai reconhecer alguém que fez algumas das coisas que Sofia fazia.

A Sofia era uma menina muito traquinas e teimosa. Queria sempre estar a brincar e pregava imensas partidas. é um livro excelente porque acaba por dar imensos ensinamentos às crianças (de como se devem portar bem e, do que pode acontecer, se se portarem mal), mas fá-lo com imenso humor. Nesse sentido é aconselhável ter-se um alto nível de humor (ou então falta dele, pode ser que se ganhe algum durante a leitura do mesmo)!
De qualquer forma, talvez não seja só um livro para crianças, mas para qualquer um! Experimente, por exemplo, lê-lo a uma criança e... divirta-se com ela :)

Uma vez que este é um livro dificil de se encontrar, talvez seja melhor procurá-lo na internet (ou numa casa com livros antigos), se bem que existe uma nova reimpressão de 2001.

Alguém o leu ou ouviu falar? Dêem a vossa opinião :)

Aqui está o link para quem o quiser adquirir, por exemplo, no WOOK

Os Desastres de Sofia - www.wook.pt

quinta-feira, 10 de março de 2011

6

Filme: 127 Horas




Título original: 127 Hours
Género: Drama, Aventura
Realizador: Danny Boyle
Duração: 94 min


"Cada segundo conta..."

Aqui está um filme que mereceu bem as nomeações para os Óscares este ano. Este filme captou a nossa atenção a partir do primeiro minuto em que ouvimos falar dele por duas razões: é realizado por Danny Boyle (realizador do filme “sensação” de 2009 Slumdog Millionaire) e por ser baseado numa história verídica (é raro um filme nesta categoria que não nos agrade).

A história apresenta-nos a luta pela sobrevivência de Aron Ralston, um aventureiro que, em 2003, numa das suas muitas incursões pela natureza fica preso quando uma rocha lhe cai sobre um braço. Com pouca comida, água e sem forma de comunicar com o mundo exterior, Aron terá que recorrer a todas as suas forças para conseguir escapar da aventura mais perigosa da sua vida.

Tal como dissemos, na nossa opinião, este filme mereceu as 6 nomeações para os Óscares (principalmente a nomeação para melhor actor principal e melhor banda sonora). James Franco esteve simplesmente perfeito ao longo de todo o filme, fazendo-nos “sofrer” juntamente com ele todas as dificuldades que o personagem enfrenta. A banda sonora é outro ponto alto do filme: músicas perfeitas na altura ideal tornam o visionamento desta história, que dado a sua natureza corria o risco de se tornar num filme extremamente cansativo, muito mais agradável e emocionante.
Este é, sem dúvida, um filme a não perder para os amantes de histórias intensas.

Fiquem com o fantástico trailer desta incrível história:

segunda-feira, 7 de março de 2011

6

Série: Family Guy


Ano de estreia: 1999
Género: comédia
Nº de temporadas: 9 (num total de 159 episódios)
Produtor: Seth Macfarlane


Esta é uma série da qual apenas tivemos conhecimento em 2005, mas desde aí que nos tornámos fãs incondicionais.

Em Family Guy conhecemos Peter Griffin e a sua caricata, divertida e louca família. Ao longo dos episódios, as mais estranhas aventuras acontecem sempre “recheadas” com um humor inteligente e momentos musicais engraçadíssimos (que, infelizmente, não aparecem com a frequência que gostaríamos).

Aquilo que mais gostamos em Family Guy é o que faz com que alguns abominem a série: o seu humor que, muitas vezes, se aproxima do conhecido (e para muitos reprovável) humor negro. Na nossa opinião, dificilmente conseguirão encontrar um humor tão inteligente e “aguçado” noutras séries de animação, o que faz com que esta seja uma série única para nós. As personagens são o outro ponto alto da série. Todas elas têm traços bastante vincados e características particulares que as tornam super interessantes e distintas entre si.
Se é um facto que, por vezes, as piadas caem num exagero (referimo-nos a cenas nas quais os responsáveis pela série recorrem à repetição de quedas e afins numa tentativa de, com este exagero, tornar a situação engraçada), não será menos verdade que é difícil encontrar um episódio que não nos faça rir quase do início ao fim. Por isso, esta é, a nosso ver, uma série a não perder para todos os amantes de um humor realmente inteligente.

Fiquem com um dos personagens mais engraçados, o bebé Stewie Griffin, e a sua cover do sucesso "Everything I do" de Brian Adams. Enjoy:

4

Parabéns à MARIANA que hoje faz ANOS :)

quinta-feira, 3 de março de 2011

5

Filme: O Discurso do Rei


ESTE É UM POST SUSPEITO.

O Discurso do Rei - www.wook.pt



Título Original: The King's Speech
Ano: 2010
Género: Biografia, Drama, Histório
Realizador: Tom Hooper

É verdade. O nosso gosto pelo actor Colin Firth pode fazer com que digamos demasiado bem do filme que, este ano, levou para casa o Óscar de melhor Filme, mas a verdade é que, na nossa opinião, merecia bem os óscares todos para que foi nomeado (especialmente, o de melhor actor) ;)
É um filme que, a nosso ver, tem tudo para ser bom: um óptimo cast, uma boa história, um sentido de humor que aparece nas cenas mais inesperadas, etc. No entanto, relativamente a este último ponto, ficámos um pouco "desapontadas". Estamos habituadas a que os filmes britânicos tenham mais episódios de bom humor. Aqui eles acontecem só de vez em quando. O facto de o filme se basear também numa história verídica faz que que o mesmo ganhe pontos a seu favor.

A história? Muito simples. Gira em torno da história do Rei George VI de Inglaterra (o pai da actual rainha de Inglaterra e o marido da rainha mãe), da sua ascensão ao trono e do seu excêntrico terapeuta da fala que o tenta ajudar a melhorar da gaguez.

Nomeado para 12 Óscares, foi nomeado para 68 prémios tendo ganho 21 até agora.
Cast:
King George VI - Colin Firth
Queen Elizabeth - Helena Bonham Carter
Archbishop Cosmo Lang - Derek Jacobi

Lançamento em Portugal: 10 de Fevereiro de 2011
Género: Drama, Histórico
Duração: 118 minutos


1%

1%